Nino Vieira, 1939-2009

Não venho fazer qualquer espécie de análise, nem à carreira politica de João Bernardo “Nino” Vieira, nem à actual situação da Guiné-Bissau, e muito menos aos violentos antecedentes que têm assolado a Guiné-Bissau ao longo da sua história como país independente, em especial nos últimos 10 anos, tendo feito um caminho inverso ao de Angola e Moçambique.

Venho apenas falar da impressão que me fez a notícia da morte de Nino Vieira, que foi nem mais nem menos que sentir mais um pouco da infância a perder-se.


Nino Vieira era O Presidente da Guiné-Bissau desde que me lembro de existir, e com efeito foi presidente desde 1980 até ser destituído pelo “saudoso” brigadeiro Ansumane Mané, durante aqueles confrontos por volta de 1998-1999. Foi sem surpresa que assistimos ao seu regresso à presidência do país em 2005, pois os carismáticos líderes africanos mantêm o seu poder na tribo até à hora da morte – e se ele o fez com classe, com toda a elite política guineense abrindo alas para a sua previsível entronização vitalícia! Nino Vieira, novamente presidente da Guiné, era uma memória de infância que regressava. Ele estava ali ao lado dos mísseis Patriot da guerra do Golfo de 1991, do Gorbachev que tinha pupu de pombo na cabeça, e, claro, de Yasser Arafat e de Jonas Savimbi.

Já agora, lanço daqui um apelo comovido à segurança pessoal do Presidente José Eduardo dos Santos: façam os possíveis para conservar essa outra memória da minha infância por mais algum tempo!

(então, saripeans! André Jegundo, diz-vos alguma coisa, ou não?)

Uma resposta to “Nino Vieira, 1939-2009”

  1. Anonymous Says:

    Quando entraram em casa do Nino Vieira, os assassinos perguntaram porque el estava córado!!!

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