Pensamentos

Perder o mesmo é que sofrer mudança. Mudar, eis em que se compraz a natureza universal, e é segundo os seus planos que tudo vai aparecendo e tudo aparece sob idênticos aspectos desde sempre e há-de surgir sob formas análogas até ao infinito.
Para que é que te pões aí a rosnar que tudo vai mal, que tudo continuará mal, e que nunca houve, entre os deuses, poder capaz de melhorar isto, e que o mundo está condenado a rolar carregado de perpétuos males?
(Livro X, 35)

(…) Em suma, lembra-te disto: dentro de breve tempo, tu e os teus companheiros estareis mortos; e em breve nada de nós restará, nem sequer o nome.
(Livro IV, 6)

Não te aflijas com o futuro. Lá chegarás, se tiver de ser, levando em ti a mesma razão de que te serves agora nas questões presentes.
(Livro VII, 8)

Marco Aurélio, “Pensamentos” (século II d.c.)

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