Archive for Fevereiro, 2005

Fevereiro 17, 2005

YO PROMÉTO, YO CUMPRÓ!!!

Fevereiro 17, 2005

Vamos retirar 300.000 idosos da pobreza

Todos os dias, quando vou para o estágio, deparo-me com o sorriso idiota do Sócrates num placard eleitoral e com a seguinte frase: “vamos retirar 300.000 idosos da pobreza”. Esta promessa eleitoral faz-me pensar no seguinte, mas então, o PS só quer tirar 300.000 idosos da pobreza e então os outros? Será que só ha 300.000 idosos pobres? Não deveria um partido candidato a governo, prometer tentar tirar o máximo de idosos da pobreza, tentar fazer o seu melhor? Claro que os portugueses não iriam votar num partido que se comprometa fazer o seu melhor pelos idosos ou o seu melhor em tudo possível. Ao invés de termos o Bloco de Esquerda a prometer 300.000 novos empregos, teriamos o Bloco a prometer empregos para os 7,2% de portugueses activos desempregados. Estas promessas quantificadas, apesar de serem mais correctas que slogans vagos (ex: “para mudar a sério”; “…a favor de Portugal”), são também desprezáveis. São promessas que serão sempre cumpridas, uma vez que são pouco ambiciosas, e algumas pouco quantificáveis. Prometer deenvolvimento para Portugal é complicado, pois os portugueses nas próximas eleições lembrar-se-ão da promessa não realizada. Agora prometer 300.000 empregos, ou retirar 300.000 idosos da pobreza, ou subir o PIB, isso é fácil e viável de prometer, pois a maior parte dos portugueses nunca saberá se isso aconteceu mesmo ou não, após os anos de governo de quem ganhou. Os portugueses, cada vez mais criticam os politicos e menosprezam a politica. Os politicos, são cada vez menos ambiciosos e mais cautelosos, o que poderá ser perigoso para Portugal…

Fevereiro 15, 2005

25 de Abril, 10 de Outubro…

Na sua infinita generalidade, eu tenho uma grande tendência para fazer pouco do 25 de Abril, e de tudo o que esse dia simbólico representa para todos os portugueses que viveram na fase de transição entre o Estado Novo e a III República. Mas a verdade, é que apesar do meu desdém por esse dia importante da história portuguesa, existem personalidades, acima de tudo políticas, que demonstaram um maior desrespeito pela “Revolução dos Cravos” que eu. Poderia dizer, que a minha vontade voraz por “fazer pouco” deste dia, explica-se não só por não ter vivido este dia, mas também por a própria sociedade banalizar um dia tão importante. Tudo o que envolve luta politico-social, apela pela memória do 25 de Abril, quantas vezes ouvimos dizer numa manifestação qualquer: “só queremos o que conquistámos no 25 de Abril”, “o fascismo já passou”… E em muitas situações mais, este dia serve para todo o tipo de lutas, sejam elas eleitorais, territoriais, sociais, económicas… Uns querem ganhar as eleições porque para continuar o que se ganhou no 25 de Abril, outros acham-se no direito de fazer um municipio de uma aldeia perdida no meio de Portugal com meia dúzia de ovelhas, outros querem legalizar as drogas, liberalizar o aborto em todas as situações, fazer da toxicodependência uma doença, fazer do crime uma responsabilidade da sociedade, ou seja, a libertinagem e irresponsabilidade é um direito adquirido no 25 de Abril?! Utiliza-se este dia histórico para o que bem se entende… sem respeito pelo que este dia representa… uma luta constante por uma sociedade melhor!!! Já agora aproveito e faço o que todos fazem… “Quero um saldo bancário infinito, não ter de trabalhar todos os dias…o 25 de Abril deu-me este direito!!!” Só para terminar, lembro-me de um tipo numa reunião de comissão de carro clamar pelo 25 de Abril para fazer elições para a comissão de curso… Vejam bem, até com isto se banaliza a “Revolução dos Cravos”.

Fevereiro 14, 2005

“Pode surpreender a pouca prática comum na vida a dois. Os próprios entrevistados [inquéritos a 50 casais jovens] ficaram surpreendidos. A observação de práticas comuns pouco numerosas participa da explicação sobre a manutenção da atracção desta forma de vida: efectivamente, a vida a dois permite agora, em grande medida, as actividades separadas, mas na condição de continuar a render homenagem à comunidade.”
François de Singly, Livres Juntos – O Individualismo na Vida Comum

Pressões
Jorge Sampaio, o Presidente da República, nunca imaginou que a recta final do seu segundo mandato seria tão agitada – ou pelo menos os portugueses não imaginaram que assim fosse. Há poucos dias, o Presidente recebeu pressões e (in)directas vindas de dois lados, qual delas a mais ameaçadora.
Por um lado, uma cidadã anónima de Canas de Senhorim fez uma exigência – nós vimos aqui para o Presidente assinar para sermos concelho – e uma ameaça: “e se ele não assinar…”
(E se ele não assinar…o que é que acontece?)
“Se ele não assinar…isto está mau!!!
A expressão “isto está mau” pode parecer vaga e agitada, mas contém um grau de violência que o Presidente não pode esconder. Recentemente foi chumbado pelo Parlamento espanhol o Plano Ibarretxe, que previa que o País Basco se tornasse quase um país independente. Ora, que eu saiba, os líderes políticos da Euskadi (os militares não aparecem, obviamente) não vieram para a televisão dizer que se o Plano fosse chumbado, isto estava mau. Significa que, potencialmente, os canenses podem tornar-se uma ameaça mais perigosa que os bascos. O Presidente que se cuide…
Por outro lado, o líder do PSD, aparentemente brando, assegura que no próximo dia 20, após a sua vitória eleitoral, não haverá vendetta política e que apenas exigirá tomar posse o mais rapidamente possível. Debaixo destas palavras simpáticas, há uma ameaça implícita; a hipótese de uma vendetta política, embora recusada, foi uma possibilidade a considerar. Isto significa que, da parte do PSD, não haverá grandes mimos para com Sampaio. Há ainda outra ameaça implícita, que é a do PSD vencer estas eleições, e Santana Lopes, fazendo lembrar aqueles comícios de quando era Presidente do Sporting e era atacado por todos os lados (lembram-se? Já na altura ele sabia fazer comícios emocionantes, e também ficava vermelho do esforço), caminha a passos largos para a vitória.
Canas a concelho e Santana Lopes a primeiro-ministro; o Presidente que se cuide!!!…

Fevereiro 14, 2005

“Contra a alienação, pela dignidade humana”

Naturalmente que é com muito gosto e prazer que respondo ao meu amigo e companheiro de tantas aventuras académicas, sabendo que não se trata de uma afronta, mas sim de um saudável desafio e de uma troca de ideias.
Em primeiro lugar é importante referir que as minhas ambições ou a falta delas ( independentemente de vir a ser político ou vir a ser repositor numa grande superfície comercial) não influenciam a minha posição sobre a classe política e sobre o défice de exercício de cidadania a que hoje assistimos na sociedade portuguesa.
Portugal atravessa um grave problema actualmente: falta de confiança dos portugueses. Em três anos regredímos mais do que na década anterior a esse período de tempo. Poderíamos dizer que se trata da influência negativa da conjuntura internacional,onde a perspectiva neoliberal é cada vez mais evidente e onde uma sociedade globalizada dá prioridade aos factores económicos, em detrimento dos factores e preocupações sociais. A verdade é que toda a União Europeia a quinze conseguiu crescer, também influenciada pela conjuntura externa, e nós limitámo-nos a regredir.
Esta regressão baseia-se na perspectiva adoptada até ao momento pelo Governo da República, que se limitou a adoptar medidas “ad-hoc” para resolver os supostos problemas actuais, sem se preocupar com uma visão progressista a médio longo prazo que permita projectar o futuro e lançar as bases para um Portugal com um desenvolvimento sustentável igual à média europeia. Se, hoje, perguntarmos a qualquer ministro como vê o nosso país daqui a dez anos, nenhum saberá responder, quando todos, sem excepção, deveriam estar preparados para dar uma resposta a esta questão. A juntar a isto temos a visão contabilística do défice orçamental que faz com que os fins passem a justificar os meios utilizados para conseguir os tais 2.8% impostos pela Comissão Europeia.
O nosso país necessita de várias reformas estruturais. No entanto, elejo quatro grandes áreas como as prioridades e como as bases para um país no caminho do progresso:
— Educação – A formação de quadros competentes e qualificados é a força motriz para um real desenvolvimento de qualquer sociedade. Quanto mais competente e bem formados forem os jovens portugueses maior será a produtividade e o crescimento do nosso país. Daí que seja imperativo alargar a escolaridade obrigatória para 12 anos, bem como garantir um sistema verdadeiramente público de Ensino Superior, já que é este grau que diferencia as sociedades modernas. Usando a velha máxima da minha querida AAC um ensino público, gratuito e de qualidade, onde ninguém seja excluído por carências económicas.
— Inovação Tecnológica – O tal choque tecnológico é fundamental, a curto prazo. A informatização da sociedade portuguesa deve ser uma prioridade. Mas não pensemos que esta informatização provocará a diminuição do uso da pessoa, esta informatização servirá para aumentar a eficiência e eficácia do serviço prestado.
— Saúde – Um sistema de saúde público, sem hospitais s.a. mas com a tutela do Estado.
— Finanças – Nesta área estão englobadas, na minha perspectiva três pontos essenciais- Reforma fiscal, emprego e pobreza. Discutir e solucionar estes três problemas gravíssimos da sociedade portuguesa é fundamental

Em relação à classe política, é óbvio que existem bons e maus políticos. Para mim o sentido de missão e a entrega ao serviço e à causa pública deve ser a prioridade. Em qualquer cargo a prioridade deve ser trabalhar em prol dos outros e em prol da sociedade que nos rodeia. Aqueles que ocupam cargos a pensar em fazer politiquices aqui ou acolá, ou a pensar no proveito próprio, podem lá estar muito tempo mas acabam sempre por ser apanhados e por ser alvo ou do julgamento público nas urnas através do sufrágio secreto, directo e universal ou, se for caso disso, nas instâncias judiciais. Não devemos é ser derrotistas e pessimistas. É sempre possível fazer mais e melhor. Se assim não fosse o mundo não teria graça nenhuma.

Muito mais haveria para dizer e escrever.espero ter correspondido às expectativas do Daniel.
Termino contando uma pequena história, que me marcou e que, certamente pautará a minha acção ao longo da minha vida.
Um dia, devido às funções que desempenhei nos últimos dois anos, tive o privilégio e a honra de conhecer pessoalmente Emídio Guerreiro, um dos maiores resistentes portugueses contra o fascismo, e quando lhe perguntavam porque é que tinha estado toda a sua vida na resistência, ele respondeu com uma simplicidade grandiosa: – “LUTEI PELA DIGNIDADE HUMANA E CONTRA A ALIENAÇÃO”.

Fevereiro 13, 2005

Mas quem se lembrou disto primeiro?

Vota em Branco
WWW.UMRUMOPARAPORTUGAL.COM

Fevereiro 11, 2005

País parado!

Uma coisa que já reparei destes dois dias de estágio, é que a época de campanha eleitoral “congela” o país. Neste momento a inoperância dos serviços públicos, especialmente Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Governo, é praticamente total. Os autarcas, ministros e todosos seus assistentes, sejam de que partido forem, andam o dia todo na campanha, e Portugal vai andar agora parado, com processos pendentes, etc, até que hajam eleições. Isto é algo incontornável, obviamente que não se pode colocar fiscais em todas autarquias e ministérios, etc e obrigar as pessoas a trabalhar, quando o que as pessoas querem é cumprir objectivos partidários e petpetuarem o seu “tacho”. Esta situação remete-nos para um questão, mas afinal quais são as prioridades dos políticos no que toca à sua vida política? Serão os “tachos”? Ou cumprir as promessas eleitorais? Ou será que é, tentar lutar todos os dias por uma sociedade melhor? Estas questões ficam no ar… A minha tendência para generalizar é sempre latente, não quero com isto dizer que não há bons políticos, claro que há, tal como há pessoas inocentes na prisão. A sociedade tende e generalizar, mas geralmente os generalismos são verdadeiros e aplicam-se à maioria da classe em questão. Agora não podemos fugir de uma coisa, a política com está organizada, desde 1975, tem de se actualizar, porquê? Muito simplesmente, porque todos os sectores da sociedade estão a ser actualizados nesta fase, por forma a responder às necessidades da sociedade global! Já se fala da globalização desde 80´s, mas julgo que estamos no pico desta transformação e necessitamos urgentemente de reformular e restruturar os vários sectores da sociedade, por forma a termos uma resposta eficaz para o futuro. A politica não pode fugir desta restruturação, com urgência algo tem de ser alterado. Cada vez temos pessoas com mais formação, ou seja, mais cultas, mais cientes do mundo. Cada vez mais as pessoas não se preocupam com a politica, uma área que afecta directamente as suas vidas, as escolhas politicas afectam a vida, não tão directamente como a conjuntura económica e os grandes lobbies económicos, mas afectam e disto não podemos fugir. A politica necessita de ser restruturada. Agora será pertinente, perguntar a quem perceb do assunto, e a quem é um jovem politico “wannabe”, qual ou quais as possiveis soluções ou caminhos a percorrer. Deixo então este desafio de resposta ao meu carissimo amigo Berto, e ao mesmo tempo gostaria de perguntar qual o sonho dele e obejectivo para Portugal como futuro político? Conheço-te e sei que não és um simples “commom” tachista, tens algo mais como objectivo politico… Nem que seja dar a autonomia à Terceira?! Peço-te que não entendas este desafio como uma afronta, mas sim como uma troca de opiniões entre amigos…

Fevereiro 10, 2005

OS DEMOCRATAS-CRISTÃOS DO SÉC. XXI

O cabeça de lista do CDS-PP pelo Porto nas eleições legislativas de dia 20, António Pires de Lima, considerou hoje que os democratas-cristãos são os “revolucionários do século XXI”, responsabilizando a “esquerda do PREC” pelo modelo de salários baixos do país.”Nós somos os verdadeiros revolucionários do século XXI, mas revolucionários cordatos, serenos”, defendeu o vice-presidente do CDS-PP, numa sessão temática dedicada ao emprego, no Porto.António Pires de Lima, que na proposta de equipa de Governo do CDS-PP ocupa o lugar de “ministro” da Economia, responsabilizou ainda a esquerda pelo modelo de baixos salários, ao impedir que a Constituição da República Portuguesa possa ser “flexibilizada”.”Os salários mais baixos de toda a Europa que se praticam em Portugal são consequência das leis laborais que herdámos de 1975″, afirmou Pires de Lima, criticando a “esquerda do PREC [Processo Revolucionário em Curso]” por continuar a travar as alterações à lei fundamental.”É feio que a esquerda se oponha à revisão da Constituição””É feio que a esquerda se oponha à revisão da Constituição e mantenha uma tirania de uma minoria sobre a maioria eleita pela vontade popular a cada quatro anos”, afirmou.Também o líder do CDS-PP, Paulo Portas, recuperou no Porto a defesa do valor do mérito na sociedade portuguesa, elegendo como “novo herói social” aqueles que, nascendo pobres, “conseguem fundar empresas e gerar milhares de postos de trabalho”. “Para mim herói social é aquele que faz avançar economicamente e socialmente o país”, disse.Entre as medidas “revolucionárias” que Pires de Lima e Paulo Portas apontaram no programa eleitoral do CDS-PP, conta-se a criação, na próxima legislatura, de um índice de empregabilidade para cada estabelecimento de ensino superior.”Faz todo o sentido que um pai, que um jovem, quando escolhe uma escola saiba por informação pública e transparente quantos empregos aquela conseguiu gerar nos últimos anos”, explicou Portas, defendendo que “este é o ‘ranking’ das escolas que interessa”.Líder do CDS puxa pelos “galões” de governanteEm algumas horas dedicadas ao tema do emprego, o líder do CDS-PP puxou pelos “galões” de ministro da Defesa e recordou, numa visita a uma fábrica da região fundada por um ex-carpinteiro, os postos de trabalho que defendeu, para marcar a diferença com os antecessores socialistas.”O PS deixou-me as OGMA falidas, os estaleiros de Viana do Castelo falidos estavam e, por despacho, instruções para fechar as unidades fabris do Exército”, criticou Portas, reclamando como obra sua a manutenção de mais de 4300 postos de trabalho nestes locais.Perante uma plateia de trabalhadores da J.J. Teixeira – uma empresa de carpintaria onde os salários médios são de 650 euros -, Portas subiu a um palanque improvisado e deixou o recado: “É bom que as pessoas saibam como se comporta um democrata-cristão e como se comportam os socialistas”.

SEM COMENTÁRIOS !!!

Fevereiro 10, 2005

Dia 1 de estágio

Estou todo partido, nem consigo escrever muito acerca do 1º dia de estágio… levantei às 7:15 da manhã, entrei no estágio às 8:15, sai do estágio às 18:30, tive uma hora para almoçar… muito trabalho com programas de computador especializados, mas infelizmente fazem-me lembrar os grafismo dos jogos da década de 80, muitas relações pessoais ao longo do dia a cultivar… Umas pessoas muito simpáticas outras menos, lôlôlô, mas tá-se bem… agora penso do que valeu tirar tanta cadeira que tirei na Universidade, já sei, cultura geral! Começei do zero, sinto-me com menos conhecimentos que um caloiro, ou um puto que acabou de entrar na escola primária, vou ter de aprender isto tudo em 15 dias, agora tenho de estudar mesmo… apesar do cansaço, sinto alguma concretização e bem-estar por ter sido um previligiado, sou o que está mais perto de casa, existem pessoas que vêm das caldas todos os dias…

Fevereiro 9, 2005

“O PROGRESSO É A REALIZAÇÃO DAS UTOPIAS”

Seas utopias do passado são o presente, que as utopias do presente sejam o futuro……..