Archive for the ‘Democracia’ Category

Democracia e internet à atenção do Gustavo de Pedreanes

Julho 9, 2010

Ao nosso leitor e amigo de longa data Gustavo de Pedreanes, que em tempos profetizou sobre a importância crescente das novas tecnologias na transformação da cultura democrática das sociedade ocidentais (que utiliza métodos com 200 anos e, segundo o prof. Silvério Marques, de Teoria Política das Relações Internacionais, provavelmente não dura muito mais porque a democracia foi uma excepção ao longo da História da Humanidade) interessará certamente este artigo no Allfacebook sobre uma colaboração entre o governo britânico e o Facebook, e o vídeo com um diálogo entre o primeiro-ministro britânico David Cameron e o fundador, administrador e CEO (e, dizem, programador) do Facebook, Mark Zuckerberg.

Não confundir Allfacebook com Alfacebook
Allfacebook é provavelmente o mais conhecido site não-oficial de informação sobre o Facebook.
O Alfacebook… o nome diz tudo!

Obrigado pelo regresso a esta casa, Cláudia!
E volta sempre! E só não te vou perguntar pela tua criança porque entendo que não devemos divulgar dados pessoais das outras pessoas sem termos autorização para tal. Para isso existem canais de comunicação fechados 😉

Catrefada

Janeiro 21, 2010


A luta pela liberdade e pela democracia, na internet

num país que pretende aderir à União Europeia

…e na frente de batalha mais importante do Mundo, que opõe dois contendores gigantescos, e que configura um estudo de caso muito interessante para os actuais alunos de Relações Internacionais. É o rompimento de vários paradigmas: um choque entre um Estado e uma empresa, e não entre dois estados; uma guerra que se joga integralmente entre administradores de sistemas e servidores, sem um único tiro; yet, uma guerra extremamente importante e que pode influir decisivamente na determinação do que se será o século XXI.
(Para quem nao saiba, e pesando os riscos de monopólio para onde a Google está a caminhar, eu estou clara e inequívocamente do lado da Google, sendo que considero a China, com a Rússia, o perigo geoestratégico mais importante para as democracias neste século.)

2010: o regresso dos heróis?
Depois de se ter falado em Ralf Schumacher, está confirmado o regresso de Pedro de la Rosa, para a Sauber, junto com o Kobayashi. O veterano espanhol e o rookie japonês que deu melhores indicações desde que o Katayama fez uma temporada mega em 1994: uma dupla muito simpática.

Joaquim Menezes, presidente do Grupo Iberomoldes
Numa interessante entrevista ao Jornal de Leiria. “Os portugueses não acreditam em si mesmos”? Ora essa…

A Queima já mexe!
E já sabemos que vai de 7 a 14 de Maio.

www.queimadasfitas.org

70 anos

Setembro 1, 2009

http://www.youtube.com/v/2NBESyRDe3c&hl=pt-br&fs=1&

This post is dedicated to M. Marciniszyn and to her country, on the 70h anniversary of the Nazi agression. Mas se calhar podia pôr em português que ela percebia na mesma.

Uma palavra de apreço para Neville Chamberlain
É frequente os historiadores exaltarem a acção do primeiro-ministro Churchill, pela resistência à agressão nazi, por oposição à política de “apaziguamento” do primeiro-ministro anterior, Neville Chamberlain, que, supostamente, abriu caminho às jogadas arriscadas de Hitler nos 3 anos antes da invasão da Polónia.
Esta oposição não faz sentido. A força do Reino Unido foi precisamente a continuidade de políticas entre diferentes ministérios. Numa democracia cuja opinião pública era efectivamente favorável à paz, Chamberlain representava a essência do povo que o elegeu. O Reino Unido, ao ceder várias vezes a Hitler (ocupação da Renânia, anexação da Áustria, anexação da Checoslováquia germânica), colocou-se a si próprio na posição do “bom.”

O acordo de Munique, muitas vezes considerado como o fim da paz e a humilhação das democracias, foi na verdade o “esticar da corda.” Enquanto proclamava “a paz para o nosso tempo”, Chamberlain deu ordem imediata para um programa de rearmamento, porque sabia que não se poderia confiar mais em Hitler. Ao mesmo tempo, nenhum cidadão inglês ficou com a sensação de que não se fez tudo para apaziguar o bigodinho.


Chamberlain lançou as bases materiais (armamento) e morais (sentido de ter a razão do seu lado) para que Churchill pudesse liderar o país eficazmente durante a Batalha de Inglaterra, 2 anos mais tarde.

Latif

Agosto 12, 2009

“O verdadeiro nome dele era major (na reserva) Alauddin Latif. (…) Tal como o nosso ilustre presidente Ayub Khan, o major tinha uma cara perfeitamente redonda; ao contrário de Ayub Khan, Latif tinha abandonado o exército e dedicara-se ao negócio do espectáculo. «o primeiro empresário do Paquistão, meu caro – disse ele ao meu pai. – é tudo uma questão de organização»” (…)
Rushdie, Salman (1981), Os Filhos da Meia Noite, Biblioteca Sábado: p. 291

É verdade, mr. Rushdie, os Latif são originários do Paquistão.

UC a inovar (DN)
“Um software inteligente de simulação térmica de edifícios está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores de Coimbra, com o objectivo de optimizar o custo/benefício nos processos de recuperação energética nas escolas.
O sistema foi elaborado por uma equipa multidisciplinar das Faculdades de Economia (FEUC) e de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)e está a ser testado numa escola básica de Coimbra (…)”

A Universidade de Coimbra ganhou nos últimos 20 a 30 anos a reputação de ser a universidade mais conservadora e parada de Portugal. São precisas mais iniciativas deste género para provar o contrário.

A Democracia Directa, mais uma vez (blogue FayerWayer)
“Prita Mulyasari foi acusada de difamação na Indonésia após reclamar do serviço de um hospital por e-mail. (…) A mulher de 32 anos foi julgada e absorvida. A decisão do juiz, que foi aplaudido após o veredicto, foi influenciada por uma forte campanha feita no Facebook a favor da ré”.

Este é outro pequeno sinal daquilo que o Visionário da Marinha Grande nos indicou há algum tempo atrás. A internet pode fornecer meios eficazes e imediatos de pressão política.

Terry Fator
http://www.youtube.com/v/G4YYfC4ghKY&hl=pt-br&fs=1&
O Analfabeto não percebeu que o que eu precisava era de material para o blogue.
Já agora, ele está a publicar outros sketchs de Raul Solnado que recomendamos.

Panóplia (VII)

Julho 15, 2009

Democracia directa

Há poucos anos atrás, um visionário da Marinha Grande, que desapareceu da internet, – embora mantenha o estatuto de co-blogger desta casa – e que também é um orgulhoso proprietário de um F1.1, preconizou que o futuro seria o regresso à democracia directa praticada na Grécia Antiga, através do recurso às novas tecnologias, que dariam a cada cidadão o acesso directo a terem a sua palavra nos assuntos públicos.
A notícia de que Obama enviou uma mensagem a milhares ou milhões de seguidores sobre um assunto de primeira ordem da política americana, sem depender da comunicação social, é um sinal decisivo desta tendência. Ela já tinha sido observada durante a campanha eleitoral do próprio Obama, que a primeira em que se recorreu maciçamente
detesto o anglicismo “massivamente”, ou “armas de destruição massiva”
às redes sociais, mas o facto de Obama continuar a utilizá-las após a eleição é o sinal – óbvio, dirão alguns – de que essa tendência veio para ficar. Poderemos estar a assistir ao nascimento da forma como a democracia de tipo ocidental é conduzida e se relaciona com os cidadãos.
Como dizia o António Variações, e a vida é sempre uma curiosidade/que me desperta com a idade/interessa-me o que está para vir…”
Ainda a indústria de marketing/entretenimento
Diz Daniel Sá, convidado de hoje do Alvim, que são vários os meios pelos quais a empresa de Madrid vai recuperar o investimento na marca CR7/9:
– camisolas
– estádios: maior afluência e bilhetes mais caros
– direitos televisivos; maior poder negocial
– digressões; maior interesse, maior cachet (O Benfica faz muito bem em ir ter com os seus clientes no Verão, note-se)
– Patrocínios (atrás da marca)
– e, finalmente e o que eu desconhecia, 50% dos direitos da marca CR9.
E prevê o retorno do investimento em 4/5 anos.
Africa could feed and food the world
Será possível? (Link)
Google pica Microsoft, a bem da internet: Youtube boicota Internet Explorer 6
O Youtube vai deixar de funcionar no Internet Explorer 6.
Eu sei que tenho alguns leitores que não sabem que browser é que utilizam. E esta notícia é especialmente para eles – tendo em conta que é natural e normal que a grande maioria dos utilizadores de internet se fique pelo básico, mas a verdade é que convém abandonar o IE6.
Primeira vitória de Webber na F1
Finalmente, Aussie. Há muito que a merecias. Talvez ainda possas fazer um brilharete este ano.
Daqui mando um abraço para o Fernando, que já em 2002 conseguia ver no Webber o grande piloto que é, ele que foi o W da célebre equipa WVV SARIP da qual a 150 SARIP é a orgulhosa sucessora!

Boa sorte, Berto!

Outubro 18, 2008

Neste dia de reflexão eleitoral, no qual o povo açoreano vai matutar e ponderar calmamente a sua decisão, a Administração do Blogue da SARIP vem por este meio, e em nome de todos os membros da SARIP e restantes co-autores deste blogue, desejar boa sorte a Berto Messias nas eleições legislativas da Região Autónoma dos Açores, a decorrer amanhã.

Esperança

Outubro 17, 2008

A esperança que tenho em Portugal reside no facto de, pelo meio das pressões governamentais e do desprezo da opinião pública, ainda há professores com dois pingos de testa, de auto-respeito e de espírito cívico, e que transmitem para a Sociedade Civil (nós) esta palhaçada orwelliana/colectivista. Basta que exista um que consiga pensar – significa que a Ideia está viva, e as ideias são muito mais difíceis de combater do que os homens.

Apetece-me citar o poeta:

“Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.”

Dever cívico

Outubro 15, 2008

Apesar de o espírito católico ser contra a democracia inventada em países protestantes.

Abril 9, 2007

O princípio da separação de poderes
O poder corrompe. Separar e limitar o poder do Estado, de forma a evitar os seus abusos, é uma ideia básica das democracias liberais modernas.
Quando o Estado democrático comete abusos, aponta-se a culpa à democracia. Contudo, sonha-se com um poder mais forte, em vez de se sonhar com uma democracia reforçada. Trágico engano; o poder mais forte apenas reforça a capacidade do Estado de cometer abusos.
Tanto assim que mesmo nos Estados Unidos da América, onde a tradição de separação e limitação dos poderes do Governo central (federal) está muito enraizada – até aí o Estado comete abusos.

Em 1898, para financiar a guerra com a Espanha, o governo americano instituiu um imposto sobre o telefone – na altura um objecto de luxo e utilizado apenas por uma elite. O objectivo era financiar o esforço de guerra.
A guerra terminou, Cuba passou a ser um protectorado norte-americano, e o telefone começou a massificar-se, tal como o Ford modelo T.
Contudo, o imposto não foi revogado… e todos os novos assinantes, encarando o preço como natural, continuaram a fazer chamadas.
E apesar de o Congresso ter votado uma resolução para revogar a Lei, o presidente vetou-a. Não em 1900… mas em 2000.

Se mesmo numa democracia experimentada podem existir este tipo de abusos que noutras circunstâncias até teriam graça, o que poderá acontecer quando o Poder do Estado tem pouco ou nenhum controlo – ou a sociedade não sabe, não quer controlá-lo, ou se sente melhor sob esse Poder?

Esta música não é dos Silence Four

Post-Scriptum: como se sabe, guerras, ameaças externas ou projecções de poder no exterior facilitam a tarefa do Governo de preservar o poder interno, dada a tendência natural da comunidade para o apoiar, o que é um risco para o delicado equilíbrio de poder que é a democracia. Aquele é apenas um pequeno exemplo.