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A semana passada, F. Louçã estava em debate com um outro líder partidário e, a meio de uma arenga, diz as palavras “destruir a segurança social”.
Eis senão quando a C., que estava focada noutra tarefa e aparentemente nem estava a ouvir a televisão, repete a frase, em forma de pergunta e como para se certificar do que tinha ouvido:
“destruir a segurança social?“
Com um tom de incredulidade que mostra que as crianças de 5 anos de idade já têm noção de que não vão ter reforma. Cabe-nos a nós, geração dos anos 80, desempenhar o nosso papel. Todos os dias repito ao M. que vai herdar um país endividado e pergunto-lhe o que está ele a pensar fazer para pagar o que deve. Mas ele ainda não tem a mesma consciência da irmã, e ri-se como se eu estivesse a dizer um disparate.