Archive for the ‘Amor’ Category

1º Passeio de Ciclomotores ADRB

Julho 12, 2010


Mais informações nas Páginas Amarelas. Uma paginazinha no Google Maps também não ia mal…

Breve consideração sobre a Felicidade

Janeiro 17, 2009
“Qual é o contrário de felicidade? Tristeza? Não. Tal como o amor e o ódio são duas faces da mesma moeda, assim também o são a felicidade e a tristeza. Chorar de felicidade é um exemplo perfeito disso mesmo. O oposto do amor é a indiferença e o oposto da felicidade é – aqui está o ponto decisivo – o aborrecimento. A excitação é o sinónimo mais prático para a felicidade e é precisamente o que se deve esforçar por perseguir. É a cura para tudo.”

Este blog tem sempre uma história incrível

Outubro 9, 2007

“Um romance extra-conjugal com…a própria mulher

Afinal, a Internet pode ser um mundo bem pequeno. Sana e Adnan Klaric, um casal bósnio, decidiram divorciar-se após terem descoberto que estavam ambos a ter um romance online… um com o outro.

Sana e Adnan, respectivamante com 27 e 32 anos, imersos num casamento infeliz, pensaram ter encontrado um novo amor num site de chat online, sob os nomes de ‘Sweetie’ e ‘Prince of Joy’. ” Ele estava no trabalho e ela num ciber-café. Ao longo de várias conversas foram-se conhecendo melhor, desabafando sobre as agruras daquilo que pensavam ser o típico caso de dois casamentos falhados. ‘Pensei que tinha encontrado o amor da minha vida. A maneira como este ‘Prince of Joy’ falava comigo, as palavras que escrevia, a ternura em cada expressão era algo que eu nunca tinha tido no meu casamento’, afirmou Sana. Já Adnan estava feliz por ter finalmente ‘encontrado alguém que o compreendia’.

A empatia e a cumplicidade criadas foram tantas que decidiram conhecer-se e marcaram um encontro à porta de um centro comercial. Para se reconhecerem um ao outro, combinaram estar com uma rosa. Qual não foi o espanto de Sana, ou ‘Sweetie’, quando viu o seu próprio marido com a flor. ‘Quando vi o meu marido com a rosa e me apercebi do que tinha acontecido fiquei desfeita. Senti-me tão traída, e zangada!’.

Agora, ‘Sweetie’ e ‘Prince of Joy’, os amantes online, mas casados na vida real, vão divorciar-se, acusando-se um ao outro de traição.”

Publicado no “Público de 6 de Outubro

Julho 9, 2007

Resposta a Paulo Gerardo, I
Começarei por rebater o texto e argumentos apresentados por Paulo Gerardo, de agora em diante denominado PG.

Hoje em dia a lei não permite que duas pessoas se casem sem hipótese de desfazerem o casamento. Não é possível, perante a lei, casar para sempre.
É capaz de ser complexo explicar como se chegou a este estado.

PG é, portanto, contra a possibilidade de as pessoas não se poderem casar para sempre. PG saberá que nenhuma lei impede as pessoas de casar para sempre. Mas enfim, a possibilidade deveria existir.
É efectivamente complexo chegar como se explicou a este estado. Para resumir, tratou-se de um longo processo de evolução de direitos e liberdades individuais.

“…é bem mais fácil comprovar os efeitos que o divórcio tem tido na nossa sociedade. Nas nossas crianças, nos que cresceram desequilibrados, nas confusões mentais, na perda da segurança. “
Não vejo dados nem estatísticas. Mas, acima de tudo, não vejo estas crianças à minha volta e na sociedade em que vivo – e tenho contacto com gente de muitos estratos sociais. Na verdade, não vejo muitos divórcios e não vejo muitas crianças, ou adolescentes, ou jovens adultos, filhos de pais divorciados. É mais fácil encontrar esses desequilíbrios, essas confusões, essa insegurança, em famílias normais – ou em famílias que já deveriam ter sido dissolvidas, a bem da sociedade. Mas enfim, é a minha opinião contra a de PG.

“Não é sem enorme prejuízo que se anula a família, a qual, por sua natureza, se fundamenta num laço inquebrável – a única coisa que permite a estabilidade indispensável à constituição de um lar e ao crescimento de novos seres.”
Concordo com PG quando diz que não é sem enorme prejuízo que se anula a família. A Família é o núcleo central da sociedade e é a forma mais eficaz que possuímos que criar e desenvolver novos seres, de nos reproduzirmos. É na Família que a criança é mais amada e se desenvolve melhor. Quaisquer tentativas de retirar as crianças à Família devem ser vistas como soluções de último recurso (instituições, por exemplo) e, se propositadas, como tonteira (tal como Platão, que sonhava com um Estado Ideal no qual instituições governamentais substituiriam os Pais na educação das crianças.)
Ora sucede que a Família não tem de ser constituída por pai, mãe e filhos. Podem ser tios; podem ser avós; pode ser um único avô, como acontece por exemplo n’ Os Maias, onde Carlos da Maia revela um interesse vago e de mera curiosidade por saber o que acontecera a seu pai e sua mãe, porque todos eles estavam reunidos naquela figura que fora a sua Família – o avô. Portanto, “única coisa”, não.

“Um professor espera, mais cedo ou mais tarde, problemas num aluno cujos pais se divorciaram”.
Como já disse antes, considero esta passagem um insulto pessoal, e desafio PG, se me lesse, a indicar estudos que mostrem existir uma correlação maior entre insucesso escolar/divórcio do que insucesso escolar/grau de escolarização dos pais ou insucesso escolar/rendimento sócio-económico dos pais ou insucesso escolar/estrato social dos pais.

Vamos supor que a lei nos autorizava a fazer duas coisas quando estivéssemos para casar. Uma delas seria o contrato que agora existe e pode ser anulado com maior ou menos facilidade. A outra, um pacto inquebrável, que impedisse os que se casam de virem a casar mais tarde com outra pessoa qualquer, a não ser por morte do seu cônjuge.
Vamos, ainda, supor que dois jovens se amavam. Ele pedia-a em casamento e ela, naturalmente, perguntava qual das duas espécies de casamento lhe propunha ele.
Poderia ser uma situação embaraçosa, não acham?

Como já indiciei, não acho nada. Creio que a jovem poderia achar vã e pomposa a proposta de pacto inquebrável, e que faria mais sentido adoptarem primeiro o contrato e só mais tarde o pacto. Creio também que o acto do casamento é mais frequentemente um acto planeado e construído do que um arrebatamento de paixão (PG anda a ver muitos filmes), tanto agora como em gerações anteriores. Esta é a minha opinião; e se houver muita gente da minha idade a partilhar dela, estão criadas as condições para um novo tipo de Contrato Social.

Que responderia o meu leitor à sua bem-amada, se fosse o jovem da minha suposição? Seria capaz de lhe propor o casamento descartável? Isso não seria uma manifestação de que o seu amor não era bem… amor?
Não. Porque havia de ser? Seria o quê, então?
Pelo contrário: o “pacto inquebrável” poderia ser a prova de que não era bem amor, mas sim Paixão Arrebatada e Emocional, ou Amor-Paixão. Mas disso falaremos mais à frente.

Não teria estado a sonhar com um amor para toda a vida?, com um vestido de noiva cheio de sentido?
Insisto: não, não teria. Há muitas mulheres que já não sonham com isso. Já para não falar nas pessoas já divorciadas, olimpicamente ignoradas por PG

Sucede que o amor do casamento é de tal forma que não admite meias-tintas: se existe é para sempre.
Terei de perguntar a PG porque razão falham casais cujo amor não foi de meias-tintas e foi jurado para sempre. Falta de vontade?… (não, o amor do casamento pode não ser para sempre. Aliás, perguntemos a muitas pessoas casadas há 30 anos que peso tem o amor, face a questões sócio-económicas, de estatuto social, etc.)

Se aquilo que se entrega não é tudo, esse amor não tem a qualidade necessária para se tornar no fundamento de uma família. Não pode ser alicerce nem raiz. Não será fecundo.
Eu aqui questiono-me no “tudo”. Tudo o quê?
Tempo? Disponibilidade afectiva e emocional? Qualidades pessoais?
É fácil encontrarmos casais onde se entregou “tudo”, um voto eterno, etc., mas a disponibilidade afectiva e emocional ficou de fora. Ou, simplesmente, um dos elementos do casal não tem qualidades para ser alicerce ou raiz. Ou os dois…
Eu acredito que devemos entregar “tudo”, isto é, devemos estar de corpo e alma no projecto do casamento de modo a que tudo corra bem e possamos contribuir o melhor possível para a educação da nossa descendência. Mas não sei se o “tempo” que é declarado no início do casamento é a melhor forma de avaliar esse “tudo.” Esse TUDO constrói-se antes e durante o longo casamento, e é nessa perspectiva de longo prazo que deve ser avaliado. Dizer, num belo dia, que “sim, é para sempre” não dá garantias nenhumas para o futuro.

“Dará frutos apodrecidos, como, infelizmente, temos verificado tantas vezes.”
Mas então? Já há casamento com prazo delimitado? Não sabia…

“O amor não admite o cálculo. Não faz contas. O amor é louco.”
Mas era este homem que dizia querer o bem da sociedade? Pelo contrário, ele quer destruí-la!!! Pois, talvez o amor não as faça, mas SE HÁ COISA QUE O CASAMENTO TEM DE FAZER, É CONTAS!

“Mas hoje cometemos a loucura, e a tolice, de amar sem loucura… Fazemos as nossas contas e os nossos cálculos. Avançamos as peças do nosso xadrez, mas com o cuidado de prevermos uma escapatória, para o caso de ser preciso bater em retirada.”
Nem mais.

Medo de que o casamento não corra bem?… O amor e o medo não podem andar juntos. Quem tem medo não entende nada de amor. Amar é, precisamente, não ter medo. É acreditar que se possui uma força imensa. Quem ama sabe que é também possuído e protegido pelo amor. E que, por isso, caminha noutra altura; voa por cima dos gelos, dos salpicos das ondas, das pedras aguçadas. Vai por cima de um mundo muito pequeno, nas asas um fogo, em mãos de fadas. Possui outra dimensão. Parece-lhe que quem não ama é um morto-vivo…
PG confunde amor-paixão (o chamado Enamoramento) e Amor propriamente dito (instituição), que proporciona o casamento. No final do texto, PG encarrilha pela poesia, como se estivéssemos nos tempos do lírico Camões ou no Romantismo do século XIX. O amor-paixão é lindo, e é verdadeiro, mas não é eterno – alguns estudos apontam para que não possa durar mais de 18 meses. A Verdade do amor-paixão, na qual andamos loucos, nas asas do fogo, etc., é a sua Transformação no Amor, numa verdadeira Instituição, a que F. Alberoni chamou a mais pequena instituição humana, porque, ao lado da Nação, da Religião, do Partido, do Clube, da Associação, o Casal é composto por apenas 2 pessoas. Também a instituição não é eterna – mas tem algumas possibilidades de o ser, se for estimada e cuidada pelas duas pessoas que dela fazem parte. A Instituição permite os cálculos e as contas, porque a Instituição é mais sábia e sabe que as coisas Grandes, se é verdade que precisam de um Sonho que as impulsione, precisam também de disciplina, pés na terra e bom senso, para durarem no tempo.

Somos capazes de um amor assim. Somos capazes de jogar a vida inteira no consentimento matrimonial. Somos capazes de incluir todo o nosso ser numa palavra que dizemos. E de tornar de aço essa palavra pelo tempo fora, através de todos as dificuldades.”
No fim, somos todos irmãos e eu aqui concordo com PG. Só que:

1 – PG não sabe distinguir Amor-Paixão de Amor-Instituição; ambos são necessários ao casamento, mas se queremos construir algo que dure, tem que ser um de cada vez e na sua ordem.

2 – A instituição não é eterna e a sociedade só ganha se instituições velhas e podres forem destruídas, de modo a que possam nascer novas. PG julga que é melhor manter as velhas e podres a todo o custo, e gostaria de restringir as liberdades individuais para o fazer…

Amanhã continuamos. Hoje deitei abaixo – amanhã construirei, dando uma opinião mais alargada sobre este tema. O Amor é isto mesmo: construir, destruir e voltar a construir. Um pouco como a vida.

Estou maravilhado

Ambos os espectáculos das Maravilhas foram interessantes, nomeadamente porque foi um dia de praia cansativo e não descolei do sofá. Em todo o caso, não se deve levar demasiado a sério – o interesse estava em ver onde estaria a maior mobilização regional (no nosso caso), ou nacional (no caso do Mundo.)
É evidente que ambas as votações tratam de questões de mobilização, e não de uma escolha imparcial (ou pelo menos menos parcial…) sobre as qualidades patrimoniais, históricas, culturais ou outras. Fiquei surpreendido ao constatar o desinteresse que a iniciativa teve na Europa ao ponto de eleger apenas um monumento. Já nos EUA, é natural – eles não querem saber do que se passa lá fora…
É claro que gostei de ver que os 3 monumentos do distrito de Leiria foram votados entre os 7. Contudo, eu próprio votei naqueles que queria que ganhassem, e não naqueles em que reconhecia mais valor, embora acredite que Alcobaça e Batalha, Património Mundial, o mereciam com toda a justiça. Obviamente que a Ribeira de Lisboa ia receber distinção, mas seria preferível considerá-la como um só monumento…
Quanto ao mundo, pessoalmente acho ainda mais difícil escolher. No Blasfémias, tomam os assobios à Estátua da Liberdade por preferência por tiranos. Obviamente, exageram; os assobios são dirigidos aos Estados Unidos da América. Contudo, é triste que a Estátua da Liberdade, que é antes de mais um símbolo de esperança, de emancipação individual e de libertação de tiranias, e que nessa condição recebeu milhões de imigrantes, seja tratada desta forma. Talvez o futuro a olhe de outra maneira – por agora, a política externa norte-americana não facilita.
Pessoalmente, lamento que a Acrópole de Atenas não tenha ganho. Mas o Grande Legado desta iniciativa foi mesmo por 100 milhões de pessoas, em todo o mundo, a votar para o mesmo assunto. Um acontecimento sem precedentes na História e que nos permite sonhar…

Fórmula 1 – Woke up, finally!
O GP da Grã-Bretanha teve aquilo que já se imaginava que pudesse acontecer: uma luta animada entre AMBAS as escuderias dominantes deste campeonato e de grande parte dos campeonatos dos últimos 30 anos. Foi ainda uma corrida “típica”, na medida em que as paragens para reabastecimentos e respectivas estratégias, que foram inventadas em 1994 para evitar corridas monótonas, foram efectivamente o factor decisório que ajudou a “desbloquear” num circuito onde, geralmente, não é fácil ultrapassar (geralmente, isto é, desde que há sensivelmente 10 anos as configurações aerodinâmicas dos carros, desenhadas pelos engenheiros no ano anterior, passaram a impossibilitar esse tipo de manobras.)
Contudo, “desbloquear” não significa “decidir.” Os pilotos são quem está na pista e não podem cometer qualquer erro, e são aqueles que decidem em último lugar.
Esta foi ainda uma corrida “típica” na medida em que o bicampeão e o bi-vicecampeão puseram os seus colegas de equipa “na ordem”, lutando pela corrida até ao fim, enquanto os colegas erraram e pagaram o preço. A corrida teve 3 partes e 3 configurações, com 3 líderes: se na primeira tivemos Raikkonen ensanduichado entre Hamilton e Alonso, na segunda tivemos o “desaparecimento” do inglês e Raikkonen agora a perseguir o espanhol, e a perseverar para lhe roubar a vitória no segundo reabastecimento.
Hamilton errou, o que acontece a todos: errou quando se atrapalhou no primeiro reabastecimento e errou na afinação aerodinâmica da asa traseira, reconhecendo que foi um dia mau e que podia mesmo ter ficado em 4º. Chato mesmo foi a sua pole-position, que para mim vale cocó. Sim, isso mesmo. Os festejos das bancadas, no final da qualificação, valeram cocó. Hamilton não fez uma volta excepcional que merecesse uma ovação: simplesmente levou menos gasolina no depósito, como se comprovou vendo que foi o primeiro dos 3 líderes a parar para reabastecer. Este sistema enerva-me profundamente. Em todo o caso, mais uma bela manobra do inglês para o campeonato.
Massa errou na largada, o que também acontece a todos, e fez uma grande corrida de recuperação. De qualquer das formas, dificilmente ganharia a corrida…
Campeonato ao rubro!

África – o outro lado

Mais um texto essencial, na linha de Mia Couto (os Africanos devem trabalhar por si próprios; ensina-o a pescar em vez de lhe dares peixe; a melhor ajuda que podemos dar é não estorvar, etc.), desta vez criticando explicitamente todas as iniciativas em torno da ajuda a África. Não sei, nem me interessa muito, se é ou não verdade que o Bono queria que o jornalista ruandês Andrew Mwenda não falasse. A chave central é mesmo a feita por Andrew Mwenda: “Alguma vez algum homem ou nação enriqueceu a pedir esmola?

E a nossa boa consciência deveria deixar os Live Earths e passar para as Conferências de Livre Comércio. Talvez, sordidamente, activistas de esquerda e proteccionistas de direita partilhem os mesmos interesses.