Archive for Setembro, 2010

E nós, europeus, vamos perder esta corrida?

Setembro 30, 2010

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“Na Europa paga-se a gasolina acima de um euro para estimular o mercado dos carros eléctricos; na China é mais barata, mas os carros eléctricos são a base de um plano quinquenal de crescimento. E nos Estados Unidos? O presidente Barack Obama destinou fundos ao investimento nesta área, mas não está na disposição de fazer a única coisa capaz de aumentar a procura de forma sustentada criando assim uma verdadeira indústria, que é subir os impostos sobre os combustíveis. E o preço conta.”

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A espinha dorsal da economia americana foram os carros produzidos localmente movidos a combustíveis também produzidos localmente. Foi isso que lançou o país numa vaga imparável de desenvolvimento. Nos últimos anos, no entanto, os carros estrangeiros movidos a petróleo importado superaram a indústria local, de maneira que agora “cada vez que compramos um carro estamos a exportar 15 mil dólares [cerca de 11 mil euros] de capital, pagos com dinheiro emprestado, e a gastar energia igualmente importada”, diz Czinger. “Os carros deixaram de ser máquinas que produzem uma classe média e passaram a ser máquinas que a destroem”.

(…)

Thomas Friedman (artigo completo no Ionline)

Bebés

Setembro 30, 2010

“Estreia esta quinta-feira, em Portugal, um documentário que acompanhou o primeiro ano de vida de bebés nos quatro cantos do mundo: Namíbia, Japão, Estados Unidos e Mongólia. O objetivo é mostrar como, apesar das diferentes culturas e modos de educação, o carinho parental é o maior contributo para a felicidade das crianças.

“Babies”, um documentário de 79 minutos, foi filmado ao longo de quatro anos e não tem qualquer diálogo, para além das primeiras tentativas de comunicação dos bebés. As estrelas deste filme são Ponijao, um bebé de uma tribo na Namibia, Bayarjargal, que vive numa tenda na Mongólia, Mari moradora num arranha-céus de Tóquio, e Hattie filha de um casal moderno e culto de São Francisco, nos EUA.”

Fonte e artigo completo: Boas Notícias

Gosto de Ti (Realmente) – Corações de Atum

Setembro 29, 2010

Novo disco do projecto de Manuel João Vieira, a lançar em Outubro. Um projecto muito caro à SARIP, devido à similaridade do nome com o nome de uma das nossas equipas de futsal.

http://www.youtube.com/v/TpH6qIChiXk?fs=1&hl=pt_BR

Sostras e manaças

Setembro 28, 2010

Uma viagem maior dentro do nosso pequeno país é suficiente para nos depararmos com a fantástica riqueza ao nível de localismos e significados regionais. Já aqui abordámos a diferença entre o pão-de-deus e a arrufada. Hoje, venho fazer a destrinça de sostras e manaças. Foi em Águas Santas, Maia, que descobri o que é um sostra, e não fazia ideia, porque não se usa cá em baixo. Vem a ser, afinal, o mesmo que manaça – palavra que não usa lá em cima e que, de qualquer forma, nem toda a gente usa cá em baixo.
São, afinal, sinónimos para preguiçoso, calão, molengão.

Este post devia ter uma fotografia mas estou demasiado manaça para isso. Sou capaz de enviar para este blogue, que está a pedir coisas dessas, e lá que façam isso.

Em calda de açúcar

Setembro 28, 2010

Uma sugestão gastronómica. À atenção da malta do Hoje Há Pipis?

“Tivemos um grande desgosto: o lindo cãozinho da boa Madame Tagarieff, a esposa do nosso amado secretário, o adorável «Tu-Tu», desapareceu na manhã de 15… Fiz, na polícia, instâncias urgentes; mas o «Tu-Tu» não nos foi restituído – e o sentimento e tanto maior, quanto é sabido que a populaça de Pequim aprecia extremamente esses cãezinhos, guisados em calda de açúcar…”

Eça de Queirós, O Mandarim (1880)

Uma história moderna

Setembro 27, 2010

“O folclore, as lendas, os mitos e os contos de fadas têm acompanhado a infância ao longo dos tempos, dado que qualquer jovem saudável sente um amor instintivo e sadio por histórias de fantasia e magia manifestamente irreais. As fadas aladas de Grimm e Andersen fizeram mais felizes os corações infantis que quaisquer outras criações humanas.
Porém, o conto de fadas de outrota, que serviu muitas gerações, poderá agora ser classificado como histórico na biblioteca infantil, pois é chegado um tempo de novos contos maravilhosos, nos quais são eliminados os estereótipos do génio, do duende e da fada, e todos os incidentes horripilantes e de gelar o sangue imaginados pelos seus autores para dar a cada conto uma terrível moral. A educação moderna já inclui a moraildade e, por conseguinte, o que a criança de hoje procura nos contos maravilhosos é o entretenimento, dispensando de bom grado todos os incidentes desagradáveis.

Guiada por este pensamento, a história de “O Maravilhoso Feiticeiro de Oz” foi escrita unicamente para agradar às crianças de hoje. Aspira ser um conto de fadas modernizado que conserva a capacidade de maravilhar e alegrar, mas deixa de fora as angústias e os pesadelos.

L. Frank Baum
Chicago, Abril de 1900.”

Introdução de “O Feiticeiro de Oz”, de Frank Baum (1900), publicado em 2004 pelo jornal Público, tradução de Lúcia do Carmo Cabrita Harris

Homem de Latão – Ena Pá 2000

Música inspirada na personagem “Homem de Lata” de O Feiticeiro de Oz.

http://www.youtube.com/v/Ihxov7IllP0?fs=1&hl=pt_BR

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Setembro 26, 2010

Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma

Setembro 26, 2010

“Mas a transformação da Substância existe; garanto-lha eu, que sei o segredo das coisas… Porque a terra é assim: recolhe aqui um homem apodrecido, e restitui-o além ao conjunto das formas como vegetal viçoso. Bem pode ser que ele, inútil como Mandarim no Império do Meio, vá ser útil noutra terra como rosa perfumada ou saboroso repolho. (…) Uma pobre costureira de Londres anseia por ver florir, na sua trapeira, um vaso cheio de terra negra: uma flor consolaria aquela deserdada; mas na disposição dos seres, infelizmente, nesse momento, a substancia que lá devia ser rosa é aqui na Baixa homem de Estado… Vem então o fadista de navalha aberta, e fende o estadista; o enxurro leva-lhe os intestinos; enterram-no, com tipóias atrás; a matéria começa a desorganizar-se, mistura-se à vasta evolução dos átomos – e o supérfluo homem de governo vai alegrar, sob a forma de amor-perfeito, a água-furtada da loura costureira. O assassino é um filantropo!” (…)

Eça de Queirós, O Mandarim (1880)

Resumo do Académica-V. Guimarães
http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/8fz89ntgN3oOB8vMgEo8/mov/1

Não tenhamos ilusões: é bonito ver a Académica no 2º lugar, mas nós estamos tão longe do 1º classificado (a 7 pontos) como do 14º (a 7 pontos). Não estamos a fazer um início de época magnífico como fez o Sporting de Braga o ano passado, com 7 vitórias nas primeiras 7 jornadas; estamos apenas à cabeça do vasto pelotão onde cada ponto faz a diferença e que está muito longe do FCP. Mas não deixa de ser óptimo, porque, parecendo que não, já decorreu 20% – um quinto – do campeonato.

Assertividade

Setembro 26, 2010
-(baixinho Tu és a bruxa, a fingir) Bruxa, és má e estúpida!

– Então? Isso não se diz.
– (baixinho está bem!) Bruxa, és má, egoísta e caprichosa!

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– Agora vou martilhar-me.

– Sim, mais vais calçar as meias.
– Tem paciência!

Corna Lusa e Terra Média

Setembro 26, 2010