“O folclore, as lendas, os mitos e os contos de fadas têm acompanhado a infância ao longo dos tempos, dado que qualquer jovem saudável sente um amor instintivo e sadio por histórias de fantasia e magia manifestamente irreais. As fadas aladas de Grimm e Andersen fizeram mais felizes os corações infantis que quaisquer outras criações humanas.
Porém, o conto de fadas de outrota, que serviu muitas gerações, poderá agora ser classificado como histórico na biblioteca infantil, pois é chegado um tempo de novos contos maravilhosos, nos quais são eliminados os estereótipos do génio, do duende e da fada, e todos os incidentes horripilantes e de gelar o sangue imaginados pelos seus autores para dar a cada conto uma terrível moral. A educação moderna já inclui a moraildade e, por conseguinte, o que a criança de hoje procura nos contos maravilhosos é o entretenimento, dispensando de bom grado todos os incidentes desagradáveis.
Guiada por este pensamento, a história de “O Maravilhoso Feiticeiro de Oz” foi escrita unicamente para agradar às crianças de hoje. Aspira ser um conto de fadas modernizado que conserva a capacidade de maravilhar e alegrar, mas deixa de fora as angústias e os pesadelos.
L. Frank Baum
Chicago, Abril de 1900.”
Introdução de “O Feiticeiro de Oz”, de Frank Baum (1900), publicado em 2004 pelo jornal Público, tradução de Lúcia do Carmo Cabrita Harris
Homem de Latão – Ena Pá 2000
Música inspirada na personagem “Homem de Lata” de O Feiticeiro de Oz.
http://www.youtube.com/v/Ihxov7IllP0?fs=1&hl=pt_BR