Archive for the ‘casamento da Cláudia’ Category

O Casamento da Cláudia, 3

Agosto 26, 2007

Aí está o report da Cláudia. E o Cid?
Ainda não é hoje. No entanto, tenho uma bela short-story para animar os que estavam apenas à espera do report do Cid. Esta semana houve um pequeno incêndio nos matos circundantes do Carvalhal de Turquel (39º.28.07 N – 8º.36.57 O. dados relativos à igreja). Contam as testemunhas que viram que houve meios aéreos rapidamente despachados para o local (um helicóptero e, mais tarde, 2 aviões) e que, portanto, o incêndio foi combatido numa fase muito inicial, evitando o seu crescimento. Louvor, portanto, para os bombeiros que parecem efectivamente estar mais equipados; e, meus caros, se este verão foi de chuva, não se iludam – tarde ou cedo vamos precisar de todos esses meios a funcionar. 2008, 2009, 2010…

A questão está na originalidade dos meios. Antes sequer dos carros, veio um helicóptero. Como se sabe, a freguesia de Turquel está povoada de suiniculturas – aliás, o meu velho amigo H. Ramos tem um blogue no qual postou uma foto de satélite de Turquel com a indicação das pecuárias. E muitas delas têm fossas a céu aberto, no limiar da legalidade, para onde são escoados os excrementos dos suínos.
Ora, à falta de outra água, foi nessas fossas que o helicóptero se abasteceu para apagar o fogo. O que apresenta várias vantagens:
– poupança de água;
– rapidez no combate ao fogo, dada a proximidade das fontes de abastecimento;
– e fertilização imediata do solo, favorecendo a rápida recuperação.
o inconveniente terá sido o cheiro nauseabundo que se espalhou pela aldeia, na fase de rescaldo… em todo o caso, quando os carros chegaram, já quase nem foram precisos. Louvor aos bombeiros pelo uso da grande qualidade nacional – o desenrascanço!

O Casamento da Cláudia, 3

A Quinta dos Compadres está instalada num terreno desnivelado mas com bons relvados e sombras para apreciar uma bebida fresca nas tardes de calor. No pavilhão de exterior (aberto), seleccionámos as melhores entradas e instalámo-nos confortavelmente nas cadeiras – até aparecerem os músicos, que, como se pôde ver no outro vídeo, são os mesmos músicos do casamento da Ângela. O que não espanta, porque foi a Quinta dos Compadres que tratou do catering do casamento da Ângela, embora não nos lembrássemos imediatamente de tal facto…

Seguiu-se a longa série de fotografias. Infelizmente, foi esse o momento escolhido pelo Danish para fazer a chamada de felicitações à noiva, a partir de Moçambique; achámos por bem não interromper a sessão já de si longa. Naturalmente, comuniquei o facto à Cláudia mais tarde, que agradeceu.

Mais ou menos por essa altura tentámos ligar ao Fernando, mas não conseguimos fazer ligação…

Ao fim da tarde, passámos ao salão principal para o… não é almoço, também não é jantar, lanche muito menos… mas há vários termos: refeição, repasto… talvez o mais adequado seja “banquete”.

Seguindo o exemplo daquele caso que apareceu nos Tesourinhos Deprimentes – no programa de coleccionismo, um indivíduo que coleccionava menus e ementas de restaurantes de todo o mundo – lembrei-me de pilhar o menu do casamento. Temos sempre de trazer uma recordação qualquer e desta vez não me apetecia trazer o centro de mesa. Em todo o caso, neste momento a papelada do meu “escritório” é tão vasta que não sei onde isso pára. Em ocasião oportuna, digitalizarei e providenciarei a sua presença neste blogue.

Ficámos junto de dois rapazes de 10-12 anos e de dois irmãos “gémeos” que aparecem com alguma frequência nos vídeos e com os quais o Daniel soube estabelecer conversa. Na verdade, não eram gémeos; eram meios-irmãos que tinham o pai em comum… opu será que não? Esta parte escapa-me, é melhor o Daniel explicar. Esquece-me os nomes; ele tem 18 anos e ela 17, e ele pretende seguir a via militar, o que deu logo azo a uma boa conversa. Nós, do alto dos nossos 24-25 anos, já temos alguma sabedoria de vida, alertámo-lo para algumas atitudes que se devem ou não tomar… em todo o caso, quer pelo físico quer pela maturidade, não diríamos que eram tão novos.

O banquete foi, portanto, várias vezes “aquecido” pela presença da música.

http://www.youtube.com/v/xEyCBqcwERk

http://www.youtube.com/v/ucupxK3Jn8Q

http://www.youtube.com/v/ucupxK3Jn8Q

À hora do pôr-do-sol, houve o estranho caso da aparição… mas eu não vou contar; vi logo que uma experiência daquelas não dava para transmitir por palavras, e efectivamente, quando relatámos à Brígida e à Andreia, elas ficaram a olhar para nós sem compreender muito bem, e não tivéramos bebido tão pouco, poder-se-ia ter atribuído o caso ao álcool. Talvez noutra ocasião eu tente relatar de forma expressiva e precisa a forma como fomos abordados por aquele senhor – ou talvez fosse um fauno, figura da mitologia grega, meio homem meio bode, que vive nas florestas. A verdade é que quando o vimos, ele vinha do mato…

Na verdade, foi com pena que tivemos de abandonar a festa tão cedo, isto é, pelas 22 horas, devido ao meu compromisso do dia seguinte; a festa poderia durar muitas horas mais. Creio que a noiva compreendeu. O noivo provavelmente também, embora já tivesse bebido um pouco além da conta (“bebe mais um pouco que isso passa…” “o quê? Mais ainda??”), mas nada que estragasse a festa de algum modo.

Na volta, mais uma vez andámos às turras com o GPS, que nos queria levar pelo caminho mais curto – não pelo mais rápido.

(ainda não tínhamos tido um primeiro plano do Mazda MX-5.)

Como a Quinta já era em Viseu, foi mais fácil seguir pelo IP3 de volta à Alta Estremadura, gastando o tempo numa série de temas sem importância como a capacidade de empreendedorismo, relações familiares, a ausência ou construção de horizontes de vida quando não sabemos bem o que queremos fazer, os papéis do homem e da mulher no casamento, e a forma como um bom ou mau casamento pode influir na vida de uma pessoa, e as eventuais repercussões que isso tem para a família e até para os amigos.

Na chegada a Leiria, pouco depois da meia-noite, o IC2 estava entupido (sentido sul-norte) com uma longa fila de carros silenciosos e murchos. O Sporting ganhara a Supertaça Cândido de Oliveira.

Longos anos de felicidade para os noivos e… passaremos a incluir “o bebé da Cláudia” como motivo dos nossos brindes.


Impossível

Agosto 21, 2007

Lamento, meus senhores, nada, nem Cláudia, nem Cid. Olhem, para não fazer esperar mais, vou mesmo adiantar simplesmente um dos vídeos previstos para o report do casamento da Cláudia e esperar que o Reinold, o Danish e a Ângela se perguntem onde é que já viram isto (partindo do pressuposto que a Ângela acompanha o nosso blogue):

O Casamento da Cláudia, 2

Agosto 19, 2007

(o vídeo das duas placas já está online.)

Depois de nos encontrarmos com a Andreia e a Brígida, completando assim a infelizmente pequena colónia académica, e depois de pormos a conversa em dia (a vida do pós-estudante é, genericamente, muito aborrecida…), tratámos de encher o estômago. Só nós dois, visto que a Andreia e a Brígida já se tinham servido. A Cláudia estava ainda a tirar fotografias.

E foi aí que eu me senti perfeitamente no papel de “wedding crasher”, ou fura-casamentos, segundo a tradução do título do famoso filme com Owen Wilson e Vince Vaughn. Naquele momento, nenhuma das pessoas presentes fazia a menor ideia de quem nós éramos. Concerteza que se sabia que viriam 4 colegas de Coimbra da Cláudia, mas quem podia ter a certeza, a menos que estivessem estado a estudar fotografias? Entrámos, servimo-nos (muito bom o licor Cassis), comemos, ninguém nos interpelou e ninguém nos dificultou. Na verdade, não seria difícil que fôssemos completos estranhos e entrássemos ali apenas para comer e beber de borla.

Lá fomos para o adro da igreja, de capota aberta (para que serve um Mazda MX-5 se não se anda de capota aberta?).

Marcada para as 13, a celebração começou perto das 14. A tradição foi invertida; desta vez foi a noiva que teve de esperar quase uma hora pelo noivo. Esse tempo permitiu-nos tirar várias fotografias.

Os convidados…

Uma amostra dos 15 carros de matrícula francesa que contámos nas proximidades da Igreja…

… e a noiva, a desesperar – quiçá, a imaginar que o noivo tinha fugido (lol)…

Foi nestes momentos que a Cláudia nos deu a grande novidade: está a aguardar um bebé. Creio estar a sincero quando digo que todos ficamos muito contentes por ela – e esperamos ter mais notícias para breve.

O prior da cerimónia estava visivelmente rouco, mas fez um sério esforço para que tudo saísse bem. Já o que não saíu tão bem foram as fotos no interior da igreja.

À saída, aguardamos pela cerimónia do arroz (relembro o episódio d’ O Livro dos Porquês, no qual Nuno Markl explica a origem desta cerimónia) e observo um pormenor curioso:

A paróquia de Queiriga teve o mesmo padre durante 60 anos; as duas placas, colocadas sobre a porta da igreja, celebram o facto (uma no 50º aniversário, outra no 60º). Creio ser impossível que fosse o mesmo padre a dizer a missa de hoje, pois nesse caso teria de estar prestes a completar 80 anos de paróquia, e era velho mas não tanto. De qualquer forma, é um caso de longevidade fora do vulgar. Eu e o Daniel estivéramos a discutir as virtudes das carreiras desportivas que se destacam pela longevidade, mesmo que não sejam recheadas de títulos; ele apontou o exemplo de Ryan Giggs, que se sem dar por ele continua a ser pedra fundamental no Man Utd há bem mais de 10 anos, ao que eu retorqui com o exemplo de Schumacher, 15 anos sempre no topo.
E ali vínhamos encontrar um outro exemplo de longevidade.

São 3 horas quando a cerimónia termina.

http://www.youtube.com/v/QGrgPilc6XI

Olho a linha do horizonte e reparo que estamos no meio de nada, relativamente longe da povoação mais próxima. Para a minha alma de homem do litoral, há uma certa e relativa sensação de isolamento que a noção da pequenez física de Portugal não consegue apagar.

Recordo o pensamento do Daniel, pouco depois de sairmos de Viseu: o que fazem as pessoas ao fim de semana, se não podem ir dar uma volta à praia?? Uma pequena viagem ao interior e ficamos logo com a sensação nítida de como “dependemos” do mar, mesmo que não vivamos exactamente na praia e sem darmos por isso.

Esperávamos que não houvesse muita confusão, e seguimos atrás do longo cortejo. A festa decorreria na chamada Quinta dos Compadres, em Viseu.
A viagem teve algumas atribulações. Tirei as últimas fotos que foi possível retirar na Queiriga…

E fizemo-nos à estrada.
Houve tempo para fazer remakes a Elton John, como já vimos anteriormente…

A meio da viagem, um episódio caricato: uma carrinha de carga (creio que de bolos) misturou-se na fila do casamento, o que nos criou um certo desconforto porque seguia a ritmo lento, cortou a fila atrás de si e nós não tínhamos inteira certeza que o carro à nossa frente pertencia ao casamento. A certa altura, o trânsito estaca à nossa frente. O condutor sai da carrinha e dirige-se ao carro atrás de si. Visivelmente irritado, pára, como forcado a chamar o toiro, e berra: “Anda cá!” O outro condutor não se mexe nem diz nada que possamos ouvir (temos um outro carro a separar-nos da cena.) O dos bolos repete: “Anda cá!” Não percebemos o que se passa. Terão batido? Mas não ouvimos ruído de pára-choques… terá o do carro medo de sair e confrontar o dos bolos? Que repete ainda uma terceira vez “Anda cá”, sem acrescentar mais nada, nem um argumento, nem um insulto, nada que nos permita perceber o porquê daquela cena toda. Tão repentinamente como saíra, o dos bolos volta a entrar na carrinha e prossegue a marcha, bem como o outro, e todos nós.
Fiquei sem perceber o que tinha acontecido, mas foi mais uma certeza de que adoro o meu País.

Sem grandes certezas sobre o caminho certo, visto que agora estávamos totalmente separados da fila do casamento, tínhamos contudo alguns carros atrás de nós, entre eles o da mãe da Cláudia, e estávamos confiantes no carro verde à nossa frente. E assim fomos atrás dele até finalmente encontrarmos a fila, reagrupada num cruzamento mais complicado. Contudo, reconhecemos que tivemos alguma sorte porque o tal carro verde não era do casamento…

(em todo o caso, o GPS saberia encaminhar-nos para a Quinta dos Compadres.)

Chegámos à Quinta um pouco antes da 4 da tarde.

(continua)

O Homem é um produto do Meio
Bastaram 30 minutos a Derlei para marcar tantos golos como em toda a última época.

(in blogue “Blasfémias”)

O Casamento da Cláudia, I

Agosto 17, 2007

“Chegou finalmente o momento esperado e a visita a Vila Cova à Coelheira. Como sempre, sublinho que este “relatório” parte do meu ponto de vista pessoal, e portanto as distorções e/ou omissões aos factos são da minha única responsabilidade. A caixa de comentários está aberta a questões, complementos, etc.”

Isto foi escrito em Dezembro de 2005 e repete-se agora, com a diferença de “Queiriga” em vez de “Vila Cova à Coelheira”.

Às 7 horas da manhã de sábado, 11 de Agosto de 2007, recebi uma SMS do Daniel pedindo para desmarcar o horário combinado para a partida, 09:30. Referia que, derivado ao estado febril, não conseguia dormir mais e se não era possível partirmos um pouco mais cedo. O pedido justificava-se, em parte, porque eu já tinha dado a entender que era preferia partir cedo para fazer uma viagem fresca (apesar de tudo, estamos em Agosto e o Interior não é o Litoral) e com tempo para eventuais paragens.
Por volta das 9 horas, arrancámos de Parceiros, Leiria, com destino a Queiriga, Vila Nova de Paiva. O GPS efectuou rapidamente os cálculos para esta viagem.
O GPS ocupou uma curiosa posição de destaque na viagem de ida. Gentilmente cedido pelo Ricardo Gomes “Katxau”, que está prestes a regressar do Afeganistão, o pequeno aparelho é rápido nos cálculos e igualmente rápido no “recalculando”, a que é obrigado de cada vez que o condutor não segue as suas indicações. Creio que o GPS deverá ter várias opções de controlo (caminho mais rápido, mais curto, mais económico, mais seguro, etc) e portanto os seus “erros” ter-se-ão devido à ausência de programação. A máquina retirará algum carisma às longas viagens, mas dá jeito quando temos pressa.
Pouco depois das 10 chegámos a Coimbra. Foi o meu 25º regresso desde a minha despedida em Maio de 2004. Naturalmente, fizemos uma pequena “romaria”, como religiosos que regressam à sagrada Basílica depois de longa ausência, e dão 7 voltas em torno da Igreja, certificando-se que tudo se encontra mais ou menos como deixaram, enquanto fazem refresh às memórias de pessoas e momentos. (Já antes eu tinha repetido ao Daniel o desafio que lhe lancei para o futuro.) Paragem para café, num café ao lado do antigo clube Passerelle, que mudou de nome.
(A caixa de electricidade está tal e qual.)

Em seguida, o famoso IP3. Só mais tarde me lembrei que poderia ter tirado fotografia à cimenteira de Souselas, junto da qual parámos para combustível. Nem vi se ainda existem os tais sinais a proibir a circulação de materiais perigosos, instalados pela Câmara de Coimbra em reacção à decisão do Governo de avançar com a co-incineração.

A viagem decorreu calmamente, por entre muita música conhecida (de Offspring a Ena Pá 2000 e de Heróis do Mar a Emir Kusturica) e muita conversa “gasosa”, isto é, leve, vaga e nebulosa… à medida que nos aproximamos de Viseu, o nevoeiro costeiro vai (lentamente) dando lugar ao sol.

A minha primeira visita a Viseu foi motivada por um “erro” do GPS que nos levou a atravessar o centro da cidade em vez de procurar um atalho lateral. Como não íamos parar, limitei-me a tirar algumas fotos apressadas que servirão um dia mais tarde como ponto de referência, quando eu visitar a cidade como deve ser.

O Palácio do Gelo…

E o centro…

Claramente, o GPS ignorava que as festas de S. Simão estavam a ser preparadas e levou-nos mesmo para o recinto. Após vários “recalculando”s, seguindo várias de placas e atravessando uma série incontável e interminável de rotundas, lá nos pusemos na mesma estrada para Vila Nova de Paiva, mas desta vez com destino a Queiriga, onde chegámos por volta do meio-dia.

À chegada deparámos com um facto curioso: Queiriga tem duas placas, com 50 metros de distância, a indicar o início da localidade. Será para o visitante não ter dúvidas? Ou terá sido consequência de um processo de alargamento em sede de PDM?

A “pequena” aldeia não é assim tão pequena. Encontrámos algumas casas tradicionais da Beira, em granito, bem como a “Igreja Velha”, após o que alguns populares nos indicaram prontamente o caminho para a Igreja Nova. Mas, na verdade, o que predomina na Queiriga é o palacete tipicamente construído pelo emigrante na sua terra natal, com formas arquitectónicas inspiradas nos países por onde labutou. Por comodidade, passarei a chamar-lhe “chalet do imigra.”

Por volta do meio-dia, parámos numa bela tasca com uma agradável parreira á porta. Entrámos, em busca de uma cerveja.

Nós, litorais urbanizados com a mania que somos superiores aos tugas que na verdade não deixamos de ser, não inventaríamos melhor cenário para um sketch. Lá dentro, um senhor de idade almoçava (creio que um prato de sardinhas) e, atrás do balcão, uma senhora próximo dos 70 anos e com um vigoroso bigode – não estou a inventar – olhou-nos com sinceridade. Não disfarçou minimamente a desconfiança e a estranheza com que dois indivíduos de fato e gravata lhe entraram pelo estabelecimento. Pessoalmente acho estranho, porque ela podia ter pensado que estávamos para um casamento, mas não deixa de ser verdade que, tal como estávamos, parecíamos uma parelha de profetas da Igreja de Jesus Cristo e dos Santos dos Últimos Dias. A senhora estava, também ela, a comer sardinhas. Deu-nos as cervejas; e quando quisemos pagar, com uma pergunta dúbia (“podemos pagar?”), a senhora olhou-nos por o que me pareceu um longo e interminável momento antes de se decidir “por mim, podem”… o troco vinha a cheirar a sardinha. E a própria cerveja também sabia a sardinha. Na verdade, não podíamos ter sido atendidos de forma mais castiça e hospitalária.

À sombra da parreira, dissertámos; o Dani sobre a sabedoria de fazer vinho que a sua família perdeu, já que o pai e os tios não aprenderam com o avô, e eu sobre a sabedoria que fui eu a perder, pois já não herdei esse conhecimento do meu pai. O que não quer dizer que não louve a parreira no pátio, que o meu pai também tem em Turquel.

Em seguida, o Dani ligou à Brígida a pedir indicações. A Brígida indicou que “a seguir a umas casas pequenas, virem à esquerda.” A Brígida fez bem; com a quantidade de chalets de imigra que há, onde houver casas pequenas distinguem-se logo. Contudo, ainda demos algumas voltas até lá chegarmos, o que nos permitiu atravessar a aldeia para a outra extremidade, dar meia volta, estudar profundamente a arquitectura da Alsácia e da Lorena, ouvir a Rádio Sátão (creio que ia haver jogo entre o Sátão e o Penalva do Castelo), e ainda ouvir a Rádio Cidade em 99.3… o Daniel não me deixará mentir; durante 100 metros, ouvimos a Rádio Cidade em 99.3. Como é que uma rádio supostamente regional, a emitir a partir de Alcanena, se ouve na Queiriga, é um mistério, mas um facto…

Quando chegámos, a noiva preparava-se para tirar algumas fotos. Como não quis retirar protagonismo aos fotógrafos profissionais, optei pela perspectiva lateral desse momento, o que redundou nesta fotografia idiota.

(continua)

F1 – Hungria: guerra aberta
Senna e Prost eram vilipendiados pelo mau exemplo que davam à juventude e pelo mal que faziam ao sentido da honra e da dignidade do desporto.
Hoje, temos saudades desses tempos, em que sabíamos que, por mais cinismo e malvadez que houvesse, havia um profundo sentido de respeito entre dois grandes corredores. Hoje não temos tanta certeza sobre isso, parece estarmos a lidar com simples garotos malcriados.
Mas essa é a única esperança de Kimi Raikkonen.

Agosto 13, 2007

O Casamento da Cláudia – prédica
Como os leitores já repararam, ultimamente tenho estado um pouco afastado da blogosfera, por motivos facilmente identificáveis e que talvez num futuro próximo se venham a tornar do domínio público, e que não têm nada a ver com as especulações em torno do meu casamento com as quais fui bombardeado no último fim-de-semana, tanto no casamento da Cláudia como no da Virginie (prima da Ana.)
Infelizmente, tal mantém-se e portanto ainda não será hoje que surgirá o relato do casamento da Cláudia, mas será a breve prazo. (Vejam lá que nem do GP Hungria falei…) Afianço desde já que foi um casamento tão significativo e cheio de simbolismo, a todos os níveis, como o da Ângela, e espero sinceramente não ocultar nenhum pormenor – a não ser o da aparição, que eu não consigo exprimir por palavras – mas terá de ficar para outro dia. Keep in touch.

Além disso, vou necessitar de um programa de edição de vídeo porque houve um problema com a minha “câmara de vídeo”, e pedia aos leitores que me indicassem alguma versão de free software que conheçam, sem ser o Windows Movie Maker que não dá para fazer o que eu quero.
Já agora, uma foto.

Nota: José Cid vai estar presente nas festas de Amor, do próximo fim de semana, e creio que se poderia juntar um grupo interessante para essa ocasião memorável.

Nota: é Queiriga, no singular, e não Queirigas, no plural.

Agosto 11, 2007

Sempre a bater records

Acabo de bater mais um record do blog, ao postar às 7 da manhã no blog, mais por culpa da insónia que propriamente de vontade em bater qualquer tipo de record.
Hoje é o casamento da Cláudia, nossa amiga do curso de Relações Internacionais, vai casar com alguém de nome Bruno que nunca via na vida. É estranho em certa medida, uma vez que sempre que me lembro ela namorou com o Nuno e toda a SARIP ficou muito familiarizada com o Nuno, desde o dia em que ele abriu a porta da casa delas e comprimentou a Andreia Ferreira com um “alivio de metano” (“olá, pruuuuuuu, sou o namorado da Cláudia entra”) e convém ainda não esquecer, do dia em que fomos jogar á bola para o lado da Igreja de Cruz de Celas e jogamos contra um rapaz que não tinha um braço e o Nuno comentou “temos de ter cuidado que isto vai ser um jogo de guerra”. Mas enfim, concerteza que vai ser um grande dia para a Cláudia e eu e o Ismael, como representantes da SARIP neste evento vamos nos divertir concerteza.
Estou com uma gripe terrivel, 38 graus de febre e uma dor de garganta impressionante, ando a tomar antibioticos e infelizmente, a tradiçao popular e os próprios médicos me dizem que com antibióticos não devo beber alcool uma vez que corta o efeito dos mesmos. Ora bem, eu não posso ir a um casamento sozinho com o Ismael, para os lados de Viseu e não beber nem uma gotinha de vinho, até porque aquela zona é famosa pelo vinho do Dão. Como tal encontrei alguns artigos na internet que aliviam alguma da carga mental em ir beber vinho com antibioticos, ao que parece muitos médicos defendem que o alcool não tem qualquer tipo de efeito contra os antibióticos. Ao que parece, o conselho de não misturar alcool com medicamentos, provém do facto do alcool fragilizar o organismo e quando se esta doente e em processo de cura, caso a quantidade de alcool seja muito elevada, pode prejudicar a recuperaçao do individuo. Parece-me uma explicação bastante racional e correcta, dá base à minha vontade de beber hoje e sendo assim, vou só beber uns copinhos ligeiros à saúde da SARIP e da Clàudia.
Ontem devia ter postado a comentar as quedas generalizadas de todas as bolsas mundiais, os indices desceram entre 2 a 3 %, nada que eu não tivesse antecipado já, nunca pensei é que fosse tão tarde, estava à espera desta queda em meados de Julho. O mercado do crédito está muito complicado nos EUA e “quando os EUA expirram, o resto do mundo fica doente”, esperemos que a crise imobiliária não chegue a Portugal e à Europa.
O Nani foi ontem condenado a pagar 4 mil euros à sua ex-agente, por a ter trocado pelo Mendes sem ter feito a rescisão do contrato de representaçao. Parece-me que o rapaz vai ter problemas em pagar a multa, julgo que todos deviamos contribuir com qualquer coisa para que o jovem português possa pagar esta multa pesada. Realmente a justiça portuguesa é tudo menos justa, se fosse um “comum” português era condenado à mesma quantia, mas a diferença é que tinha de trabalhar um ou dois anos para pagar tudo, para o Nani 4 mil euros é como irmos ao café e pedirmos uma mini.