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Gonçalo de Lagos

Abril 30, 2010

Gonçalo de Lagos, (Lagos, c. 1370 – Torres Vedras, 15 de Outubro de 1422), é uma figura histórica da Igreja Católica e da devoção popular portuguesa, invocada pelos pescadores do Algarve e pela população da região de Torres Vedras.

Frade da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, dedicou-se à pregação, tendo sido prior do Convento da Graça, em Torres Vedras, onde se encontra sepultado.

A informação existente na internet sobre ele é de tal forma contraditória que é difícil determinar se o Vaticano o consagrou como beato ou como santo. Em todo o caso, tal como Nuno Álvares Pereira entre a sua morte em 1431 e a sua canonização em Abril de 2009, o povo português sempre o venerou na qualidade de santo.

É o santo padroeiro das localidades onde nasceu e morreu, isto é, Lagos e Torres Vedras, que por esse motivo são geminadas, desde 2009.

Torres, aliás, elegeu-o como padroeiro ainda no século XV, em 1495:

« Antom Martim, escrivom do munto nobre senado da munto nobre, e leal villa de Torres Vedras. Certifico e attesto a todolos que este público instrumento de certidão virem, em como no dia treze do mez de Outubro de mil e quatrocentos e noventa e sinco, do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo, estando assim bem juntos todolos senhores do munto nobre senado, julgarom, determinarom e jurarom de tomar, como tomarom por advogado diante de Nosso Senhor, d’agora para todo o sempre ao bem aventurado Senhor S. Gonçalo de Lagos, cujos santos ossos jazem no Mosteiro de Nossa Senhora da Graça desta munto nobre villa, pelo que promettem elles senhores do senado todolos annos estar às Vesperas, e missa cantada
do mesmo Santo, e de serem todos Confrades da Confraria do mesmo Santo, e ter Juiz para todo o sempre o vereador mais velho; e para que conste para todos os vindouros este juramento, se fez assentamento no livro = Real Estravagante = as folhas trinta e nove, donde tirei a
presente a rogo do Priol, e mais padres do Mosteiro de Nossa Senhora da Graça desta munto nobre villa, hoje vinte de Outubro de mil quatrocentos e noventa e cinco annos; e eu Antom Martim, escrivom do munto nobre Senado, que a escrevi por mandado dos Senhores do
munto nobre Senado, e com elles me assinei = Francisco Cabral, presidente = Jeronimo de Torres, vereador = Antonio Martim, vereador = Gil Lopes, procurador do Senado = e eu Antom Martim, escrivom do munto nobre Senado, que a escrevi e assinei = ».

(fonte: Arquivo de Torres Vedras)