Archive for the ‘Orange Mocha Frappuccino’ Category

Março 3, 2004

Uma notícia bombástica e fúnebre caiu sobre a comunidade de RI de Coimbra: o doutor Ivan Nunes foi-se embora. Vá-se lá saber porquê, fui incumbido pelos meus colegas da SARIP de assinalar o facto com um In Memoriam aqui no blog, e aceito essa honra com todo o prazer.

“IN MEMORIAM”: ATÉ SEMPRE, DOUTOR IVAN!
O meu primeiro contacto com o Dr. Ivan foi numa célebre aula de TRI. Fiquei ao lado do André (lembram-se?), o nosso colega que foi para Jornalismo. O choque foi total!O Dr. Ivan mostrou respeito e consideração por nós, tratando-nos como se fôssemos finalistas e estivéssemos muito habituados a debates de ideias, especialmente de ideias desconhecidas. Sempre pensei que o Ensino Secundário e o Universitário estão demasidado separados – ideia que surgiu aí. O Dr. Ivan rebatia impiedosamente qualquer pensamento nosso, empurrando-nos lenta mas decididamente para o silêncio. O tratamento era instrutivo, pois devia obrigar-nos a pensar e a reflectir… muitos reflectiram e concluíram que o melhor era não irem às aulas práticas.
O Dr. Ivan cgiou uma mística pgópgia junto dos estudantes de RI, como o “terrível” Ivan, ajudada por adegeços pgópgrio como o iogugte levado para a aula. Pessoalmente, não costumo pôr-me pessoalmente contra os professores nem acredito nas suas manifestas más intenções, como alguns membros da SARIP fazem sistematicamente; o Dr. Ivan foi o caso em que mais me aproximei disso. Daí talvez a minha insolência naquela célebre ocasião em que o professor me pediu uma fotografia para a avaliação da participação oral (“um dia destes!…”) Lembro-me de ficarmos aliviados quando soubemos que não seria o Dr. Ivan a dar as aulas de PCRI1. Hoje, e depois de termos mais um semestre de aulas, estando muito mais maduro, o sentimento inicial desvaneceu-se… não que me tivesse tornado mais participativo nas aulas de Soc RI 1 (e havia quem participasse bastante, não é?), mas reconheço que não havia motivos para estar de pé atrás em relação ao Dr. Ivan. A descoberta do seu blog também ajudou neste processo, ao permitir conhecer mais directamente o homem por trás do professor. E descobri até uma afinidade pessoal muito particular com o Dr. Ivan: ambos fazemos parte da diminuta comunidade portuguesa de fãs dos singulares e únicos Calvin and Hobbes! Relembro com alguma nostalgia a aula de Geopolítica em que o Dr. Ivan, na qualidade de convidado, opinou que a solução para o problema palestiniano era a emigração da Palestina para países árabes vizinhos, o que nos deixou boquiabertos. Em algumas aulas, apetecia-me ter esta arma…
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O Dr. Ivan vai, de qualquer modo, deixar saudades pela positiva. Bem que podia ter vindo jogar futebol connosco, quando o convidámos! Quero desejar-lhe, em nome da SARIP, toda a sorte possível para o percurso de vida que escolheu (seja ele qual for; ficámos curiosíssimos, mas ninguém exactamente sabe qual é…) e despedir-me com um “Até Sempre!” (Será que somos tão maus que o Dr. se tenha sentido desmotivado?!…)

Notícias da SARIP!
– Após quatro semanas de ausência, Tiago volta a obter o estatuto de desaparecido que manteve durante 7 semanas! Estamos, naturalmente, a ficar nervosos! Será que teve outro car crash? Diz qualquer coisa, pá!
– A semana passada vi um outro filme interessantíssimo. I Spy, com Eddie Murphy e…o nosso favorito Owen Wilson em mais um dos seus papéis de comédia barata e muito divertida (parece que não sabe fazer outros). Já agora aproveito para divulgar um site interexantíximo que encontrei na internet. Este actor merece um Óscar pelo conjunto da obra!
– Para os nossos leitores: o Daniel encontrou um blog bastante original. Desafio o meu colega Nuno do “P…NS!” a descobrir se é possível fazer algo de semelhante no ambiente da UCL e do ISLA, ou mesmo da ESTG.
– notícias do OMF: preparávamo-nos para faltar ao jogo contra os bicampeões da FEUC (por razões óbvias) quando soubemos que o jogo foi adiado!…
– Em vez disso, fomos jogar para um dos ringues na Zona Desportiva da Cidade (pois é, sra. Damasceno, Coimbra tem uma zona desportiva junto ao rio, é mesmo zona desportiva, não é para urbanizar!) e jogámos de igual para igual com os coxos que lá estavam. Aliás, concluímos uma coisa: em Portugal só há médios atacantes. Desde a escola primária que é assim. Todos os putos querem pegar na bola e fintar 3, 4, 5, 6, fintar a equipa adversária 2 vezes até marcarem golo. Não querem ser defesas, médios-defensivos, ou mesmo pontas-de-lança. Ninguém sabe passar a bola, o conceito de passe não chegou cá. Se calhar é por isso que as nossas referências são Figos,Rui Costas,e um dia Quaresmas e Cristianos Ronaldos…
– Vocês já paravam com essa piada, já não tem graça! “Ninguém sabe para onde foi o Ivan? Eu sei! Foi para…para…as BERMUDO-CARAíBAS!

Vamos finalmente começar a rúbrica periódica que pretende dar seriedade e estabilidade ao blog da SARIP.
O Ditador da Semana
Não iríamos, naturalmente, começar a rúbrica com uma individualidade “estafada”, tipo Hitler ou Estaline – isso já todos ouviram falar! Vamos pela ordem alfabética dos países considerados e por isso o primeiro senhor (até agora não há senhoras na minha lista – acho que para o trabalho do Feminismo e as Teorias de RI vou pesquisar a razão de os ditadores serem sempre homens. Porque é que as mulheres não chegam a ditadoras?) é este:

ENVER HODJA
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Enver Hodja nasceu a 16 de Outubro de 1908 numa cidade albanesa cujo nome é dispensável para este propósito. O seu tio representou a cidade na Assembleia Nacional que, em 1912, declarou a independência albanesa do domínio turco. Após estudar nas escolas Francesa e Americana em Tirana (não havia universidades), foi estudar para França (será que quando ele era criança tinha uma esperança?…) Poucos se lembram dele, passando incógnito na memória dos colegas e nos resultados. Foi aí que teve o primeiro contacto com o marxismo e suas variantes, em especial o estalinismo – através do jornal dos comunistas franceses. Em breve começou a assinar artigos no mesmo jornal com o pseudónimo Loulou. (A propósito, existe um livro interessantíssimo de um investigador que afirma ter provado que Hitler era homossexual. Quantos mais ditadores seriam gays? Que influência isso terá tido nas suas carreiras?) Trabalhou depois na embaixada albanesa na Bélgica, mas a sua literatura marxista foi descoberta – e Hodja foi reenviado para uma Albânia já ocupada pelos italianos de Mussolini (1939), onde se empregou como professor numa escola. Apesar de mais tarde se ter dito que Hodja havia regressado para liderar a revolta, isso não foi verdade. A sua rebelião contra o fascismo invasor foi recusar-se a jurar fidelidade ao Duce, após o que foi despedido, indo abrir uma loja em Tirana com dinheiro do pai. Gradualmente, integrou-se na formação de um partido comunista (já havia vários, e rivais entre si), tendo a sua presença na França e na Bélgica contribuído para chegar à liderança, assim como o apoio da Jugoslávia de Tito. O seu retrato, bem antes de chegar a líder do país, é feito por Spiru, membro do partido: “inteligência média, resultados médios como aluno e como professor, levou uma vida sem regras antes de entrar no partido…complexo de inferioridade…quem o conhece não pensa muito bem dele…” a personalidade intensa e bizarra já era visível. Hodja fugiu para as montanhas e, com a ajuda de Tito, uniu as diversas facções do partido comunista, até que em finais de 1941 tinha cerca de 3000 homens prontos a lutar. A facção republicana e anti-comunista lutou contra Hodja, chegando a aliar-se aos italianos, mas esse era o lado errado da guerra. Em 1943, após o colapso do regime de Mussolini, os alemães substituíram os italianos numa altura em que os comunistas já controlavam o aeroporto de Tirana – de qualquer forma, a maré nazi estava a recuar. A 29 de Novembro de 1944, o último soldado do eixo abandonava a Albânia. Os 3 anos de guerrilha terão alterado ainda mais a personalidade duvidosa de Enver.
Em 1945 realizaram-se eleições – depois de os partidos fora da frente comunista serem ilegalizados e os seus membros serem julgados e fuzilados sumariamente. É incrível como houve 7% da população a não votar em Hodja! Isso não impediu a oficialização da Albânia como república popular.
A política interna do reinado de Hodja, que durou 40 anos – até à sua morte em 1985 – é absurdamente absoluta e absolutamente absurda. Teve benefícios: as campanhas de alfabetização deram resultados e foram eliminados alguns costumes feudais e primitivos. no entanto, o reverso da medalha foi a ditadura absoluta, apoiada na Sigurimi, a terrível polícia secreta (que efectuou uma “reconversão sectorial” eficaz após o final do regime, ao tornar-se numa bem sucedida máfia). As purgas sucediam-se dentro do partido, e os “opositores” eram esmagados – talvez tenham morrido mais de um milhão de albaneses. O comité central era uma grande família, que já eram todos familiares uns dos outros; o ditador auto-intitulava-se Camarada Supremo – Primeiro-Ministro – Ministro dos Negócios Estrangeiros – Ministro da Guerra – Comandante em Chefe do Exército do Povo Enver Hodja. As pessoas foram proibidas de sair da Albânia, que se tornou assim numa grande colónia penal. Possuir automóvel era proibido, fora do partido – daí o desinteresse em manter uma rede de estradas em condições. O culto do chefe foi intenso, com museus Hodja, estátuas em todo o lado, o seu nome escrito numa montanha a imitar Hollywood…em 1967, seguindo a Revolução Cultural do seu aliado chinês, Hodja iniciou uma no seu país, que chegou ao ponto de ilegalizar a religião. Não é proibir o uso de véus ou crucifixos, é torturar os sacerdotes até abjurarem a fé, e destruir os templos e todos os sinais de religiosidade, incluindo obras de arte. Todas as religiões da Albânia (islão, catolicismo e cristianismo ortodoxo) levaram por tabela. Gradualmente, nada na Albânia fazia lembrar alguma era anterior a Hodja. Em termos estéticos e económicos, o pior terá sido a disseminação de bunkers de cimento pelo país, tipo iglus, com capacidade para 20 soldados, para serem utilizados em caso de invasão. Sem se saber o número exacto (talvez 300,000), os bunkers enegrecem a paisagem, estorvam a agricultura – mas, em alguns casos, serviram de casa para alguns albaneses, no pós-comunismo. É tanto mais irónico por se tratar talvez do país estrategicamente menos importante da Europa, que nem Estaline pensou em invadir e do qual nunca ninguém quis saber.
Diz-se que, em 1981, Hodja terá assassinado pessoalmente o seu camarada e “amigo” mais próximo Mehmet Shehu, n.º 2 do partido desde 1945, porque o soldado que o deveria matar não foi capaz, dada a importância da figura de Shehu. Terá igualmente planeado invadir a Jugoslávia para conquistar o Kosovo albanês (uma disputa antiga entre sérvios e albaneses), tendo desistido à última hora. Foi pena, teria sido interessante ver essa máquina militar em acção…os últimos anos passou-os em reflexões: no seu livro “O Perigo dos Anglo-Americanos na Albânia” (??????), recomenda aos sucessores que não deixem entrar homens com barba no país, por ser uma técnica de disfarce dos espiões imperialistas.
A política externa foi tão absurda como a interna. Contra os imperialistas, ainda no fim da guerra, afundou um navio inglês na costa sul da Albânia (os ingleses haviam libertado a Grécia), e rechaçou as tentativas de revolta de opositores apoiados pelo Ocidente. Com os socialistas, libertou-se da “tutela” jugoslava aquando da rotura de Tito com Estaline, massacrando altas figuras do regime indicadas por Tito; mais tarde, quando Kruschev denunciou o estalinismo, Hodja rompeu com a URSS (sem sofrer danos) e procurou a aliança com…a China. Mao Zedong encontrou assim um satélite interessantíssimo na Europa de Leste.
Os resultados vieram ao de cima no final dos anos 80, com a economia a entrar em paralisia completa e o sucessor de Hodja, Ramiz Alia, a não conseguir controlar os acontecimentos e a ser deposto, enquanto muitos albaneses fugiam em jangadas para a Itália e a Grécia.
Em suma, Hodja foi um assassino e um monstruoso em grande escala, mas sem ser um racional frio como Estaline; igualmente paranóico, os resultados eram mais parecidos com os de uma criança que se dedica a virar um país ao contrário conforme lhe apetece, destruindo e reconstruindo a Albânia em termos físicos e mentais, com consequências pitorescas. Mas funestas para o futuro do povo albanês, que mesmo tendo escapado às guerras dos Balcãs continua a ser, talvez, o mais pobre da Europa.

Dezembro 17, 2003

Notícias do ORANGE MOCCA FRAPPUCINO!

3ª JORNADA, 2º JOGO! OMF vs. LEITAO AND FRIENDS
A galáctica equipa jogou pela segunda vez! O adversário era a equipa Leitão and Friends, que tinha no curriculo uma derrota pela margem minina (8-7) contra os célebres Under 41 (a equipa dos profs.) Uma baixa importantíssima: na terça-feira (ontem), o avançado Reinold lesionou-se no pé durante o sono, tendo acordado com dores que pioraram ao longo do dia. Embora tenha melhorado um pouco hoje, o prognóstico era reservado e “Jankauskas”, como alguém lhe chamou, optou por não jogar. Baixa grave! Em contrapartida, não só pudemos finalmente com a presença do keeper Gilberto e do Filipe Monárquico, como temos um reforço. Não o guarda-redes esperado, mas um outro antigo elemento dos Cabo Verde Team – o Alex, que já está oficialmente inscrito. Alex, bem vindo e vê lá se não faltas muitas vezes.

NÃO PAGAMOS.

Quase dois anos depois, Gilberto voltou à baliza, e, tal como havia vaticinado, sofreu um “perú”, uma “rata”, um “frango” nos minutos iniciais de jogo, o que contribuiu enormemente para o seu moral e o da equipa! No entanto, no resto do jogo até se portou bastante bem e só podemos atribuir 2 golos (esse e outro) à sua responsabilidade directa. Infelizmente lesionou-se durante a segunda parte, altura em que o substitui. Após 2m sofri um golo sem responsabilidades e fui substituido pelo Daniel.
A equipa jogou com vontade e alegria, mas muito mal individual e colectivamente. O que vale é que nos divertimos, apesar das reclamações que dirigimos uns aos outros. O Daniel e o Zé Filipe foram os únicos jogadores efectivos.
Note-se que tivemos um excelente treinador – o David deu óptimas indicações para a equipa ao longo da primeira parte. Reinold colaborou pedindo os descontos de tempo à mesa.

NÃO PAGAMOS.

Note-se ainda que o pobre Alex foi o primeiro jogador do OMF a ver o cartão amarelo – ainda nem tinha jogado! Um equívoco na substituição, entrou sem o Zé Eduardo ter saído, o que levou o implacável Daniel Rocha a adverti-lo.
Já perceberam que estou relutante em dizer o resultado final, mas devo dizer que não foi tão mau como isso, a equipa lutou bastante e promete melhoras.
Leitão and Friends 13 – 1 Orange Mocca Frappuccino
Note-se que sofremos menos um golo que no jogo anterior, o que é um progresso. O golo solitário foi marcado de bola parada pelo Monárquico.
Continuamos isolados em 9º do nosso grupo, com -1 pontos.
(Há que reconhecer que, como equipa, jogámos bem pior que na semana passada, pois nunca estivemos empatados com Leitão nem se pôs tal hipótese, apesar de termos banco e um guarda-redes positivo. O nosso adversário era de maior gabarito.)
Logo à noite vamos beber para esquecer!!! Juntamente com o David, cuja equipa Pornothinaikos perdeu 11-2 no jogo a seguir ao nosso.
Não percam a próxima jornada!

Notícias da SARIP!
– Hoje é o aniversário do Fernando. Fernando, muitos parabéns da malta!!!!
– Como já se disse, Reinold está lesionado. Hoje de manhã tentou ir às urgências mas a fila era enorme e como o problema parece melhorar, talvez passe sem lá ir.
– Daniel Sousa vai hoje ao cinema ver “À Procura de Nemo”. Esperamos um full report do filme do momento.
– Eu (Ismael) estive a ouvir PJ Harvey na Casa da Cultura (“Stories from the City, Stories from the Sea”) e fiquei agradavelmente surpreeendido. Trta-se de boa música.

NÃO PAGAMOS.

– Alguém foi à aula de Perspectivas hoje?…
– Hoje à noite é a despedida de Natal, começando pelo visionamento do Académica-Benfica, passando talvez pelo Couraça e terminando sabe-se lá onde…

Notícias Académicas!
– A Magna decidiu realizar uma Assembleia Magna de voto lá para 7 ou 8 de Janeiro, o que reflecte o barrete que foi. Os assobios e apupos brindaram os que oraram defendendo a não realização da Queima. É provável que se realize mesmo… infelizmente não pudemos contactar o nosso Messias no local.