Em jeito de lembrança dos velhos tempos e recordando aquilo que uma vez foi dito ao Danish em Lisboa (“Tu diz alguma coisa, nem que digas merda como o Berto”) aquando umas conferências patrocinadas pelo NERIFE, vou dizer alguma coisa no blog mesmo correndo o risco, ou sabendo antecipadamente que vou dizer merda. Peço desculpa pelo termo utilizado, mas quando falo de merda, não me refiro à massa castanha que aparecia ocsasionalmente nas cuecas do Berto espalhadas pelo quarto dele, mas sim a merda no sentido demonstrativo da palavra, dando significância a um conteudo especifico.
A crise está ai para todos verem, as bolsas continuam a niveis de descida de cotações historicos, o desemprego está a aumentar, um democrata venceu as eleições presidencias nos EUA (sinal que algo anda mal no Mundo) as empresas estão a fazer despedimentos e contenção de custos, grandes multinacionais estão a ter prejuizos ou descida abrupta de lucros, os imoveis estão a desvalorizar (lá se vai a teoria que a nossa casa é um investimento), o petroleo baixa de preço mas as gasolineiras continuam a manter os preços dos combustiveis altos, Portugal cada vez tem uma oposição politica menos capaz, os professores cada vez querem fazer menos e receber mais, os funcionarios publicos cada vez sao mais mandriões, alguns amigos meus estão a terminar as suas relações (o que me deixa triste e com enorme desejo que tudo corra pelo melhor na vida deles). Portanto, as coisas não andam nada bem no Mundo e muito especialmente em Portugal, neste nosso cantinho à beira-mar plantado.
No entanto, existem motivos para estarmos contentes e optimistas, porque é geralmente em momentos de crise que a humanidade consegue evoluir e encontrar soluções para os seus problemas. O ser humano é muito semelhante a uma floresta, quando está tudo bem, as arvores maiores cada vez ficam maiores e as mais pequenas vao morrendo aos poucos sufocadas, mas quando arde, arde tudo e ai dá espaço para surgir uma floresta muito mais bela com um conjunto de variedades mais distintas. Esta crise há-de passar, virão tempos muito melhores que os vividos ate agora, com um conjunto de mecanismos que permitam que não torne tão rapidamente a acontecer um problema deste género. A grande dúvida reside no tempo que vai demorar a passar a crise, entre 2 a 5 anos dizem os especialistas, uma coisa é certa, amanhã não é concerteza.
Mas, enquanto tempos melhores não surgem, nós por cá temos de ir continuando a suportar todos os problemas criados por outros, vamos pagar com os nosso impostos a garantia bancária feita aos bancos (necessária na minha perspectiva), as obras públicas não devem parar tão depressa (concordo com o aeroporto, acho uma ideotice ao TGV), as despesas do Estado continuam a aumentar (ainda o ano passado mudaram a frota de veiculos, novos Audi A8 para toda agente, poque os antigos Audi de 2004 já estavam absoletos… só os Patrol da GNR com 2 milhões de Km e de 1970 é que não são absoletos), pagar uma segurança social cada vez mais inviável, emfim só coisas boas e divertidas de se falar…
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