Archive for the ‘Coimbra – 2’ Category

SenseWall – by FCTUC and IPN

Dezembro 15, 2010

“This is the latest multi-touch installation by SenseBloom. It’s located in the campus bar at the Computer Science Department of Coimbra University, Portugal.
Created with the intent of letting students and the research community explore new concepts in HCI by designing and creating applications for course projects or just for fun.”

http://player.vimeo.com/video/8660060
SenseWall from Tiago Serra on Vimeo.

O José Hermano Saraiva está muito enganado, neste aspecto. Ele diz que Portugal não devia tentar apostar em indústrias de elevado conhecimento tecnológico porque não temos grande tradição neste campo; no que somos bons é no trabalho com as mãos, diz ele. E ele tem razão, somos muito bons no trabalho manual.

Mais tarde ele auto-corrigiu-se – ele tem essa capacidade, coisa pouco frequente – e disse que também devíamos apostar na “cabeça”. Eu suponho que fosse mero preconceito de pessoa antiga e ainda deslumbrada com a tecnologia inventada nos países anglo-saxónicos. Pois há lá trabalho que seja mais manual que este, de desenvolver software?

O Terceiro Dia da Criação do Mundo

Janeiro 5, 2010

“- E agora? Continua connosco? – quis saber o dr. Almeida.
Não era fácil destrinçar na calma dos seus olhos se a luz que os iluminava exprimia indolência, cepticismo ou pura serenidade.
– Talvez vá frequentar o liceu…
Com mais confiança nas asas, apetecia-me experimentar os primeiros voos. Merecera a liberdade, iria gozá-la. Quem vencera três anos, venceria os dois que faltavam, sem necessidade de clausuras.
– Temos pena, mas faz bem. O que esperamos é que guarde boas recordações desta casa
– Sem dúvida… Foram dois anos que nunca esquecerei…
Não mentia. Devia-lhes mais do que eles próprios sopunham. A vê-los viver uma vida insegura, apertada economicamente, mas rica de amor, de sensibilidade e de cultura, encontrara a resposta que há muito a alma me pedia. Aprendera ali pela primeira vez que a existência, esvaziada de certos valores, pouco ou nada significava. Não era o Byron mau chefe de família que a D. Adélia inculcava nas lições; era o poeta de Childe Harolde e o herói de Missolonghi que erguia diante de nós. Sem aquela aturada lição de poesia, de música, de sonho e de penúria sobranceira, como poderia eu corresponder ao aceno confidencial que a mão invisível do futuro me fazia?”

Miguel Torga, A Criação do Mundo – O Terceiro Dia, Planeta de Agostini, página 177

Novos "25 de Abril"

Novembro 9, 2009

http://www.youtube.com/v/iLS17dCidEI&hl=pt-br&fs=1&

Há muito tempo que não ouvia o primeiro-ministro Sócrates dizer algo tão acertado. Disse ele hoje, nas comemorações dos 20 anos da queda do Muro, que as revoluções democráticas ibéricas dos anos 70 – a portuguesa, logo seguida da espanhola – tinham reforçado o campo das democracias ocidentais e dado um exemplo ao Mundo e à Europa de que era possível afastar as ditaduras, e que haviam sido por isso um importante estímulo e exemplo para as populações da Europa de Leste.

Não se fala muito nisso porque não há ninguém que o diga: os historiadores americanos e britânicos não o dizem, e nós, como só olhamos para o nosso umbigo e para o nosso quintal, também não. Mas eu acredito. Acredito que as imagens de alegria e de esperança geral, e as transições pacíficas

pesem todos os dramas que aconteceram, não deixaram de ser pacíficas

para a democracia foram um sinal de esperança, que se concretizou 15 anos mais tarde.

Avenida Dias da Silva
Obrigado, Boo. Excelente imagem.

PT-MUN


Vês? Não desistem! Muito bem!