Archive for the ‘Cristo Azul’ Category

Miríade – 6

Agosto 2, 2009

Devemos estar quase a passar para a plêiade.

Bobby Robson (18 Fevereiro 1933 – 31 Julho 2009)

Corazón Aquino (25 Janeiro 1933 – 1 Agosto 2009)

Old habits die hard?
Isto começa bem! O homem já está no pico da forma! E ainda mal começou a aquecer…

a Casa de Afonso Lopes Vieira
A fantástica prenda de casamento que o poeta leiriense recebeu, e onde escreveu grande parte da sua obra. Em S. Pedro de Moel.


Onde a terra se acaba e o mar começa
é Portugal;
simples pretexto para o litoral
verde nau que ao mar largo se arremessa.

Onde a terra se acaba e o mar começa
a Estremadura está,
com o Verde pino que em glória floreça,
mosteiros, castelos, tanta pátria ali há!

Onde a terra se acaba e o mar começa
há uma casa onde amei, sonhei, sofri;
encheu-se-me de brancas a cabeça
e, debruçado para o mar, envelheci…

Onde a terra de acaba e o mar começa
é a bruma, a ilha que o Desejo tem;
e ouço nos búzios, té que o som esmoreça,
novas da minha pátrias – além, além!…

Zeca Afonso
E passamos do Afonso de S. Pedro de Moel para o Afonso que é ainda recordado nas roulottes de bifanas da Marinha Grande, como eu testemunhei há tempos, que faria hoje 80 anos e que foi um grandes intérpretes do fado de Coimbra.

A jovem indiana que não recebeu a ponte que o sacerdote católico da Catedral de S. Tomé, em Bombaim, lhe estendia, até à azulidade de Krishna, chama-se Mary Pereira, e o seu namorado chama-se Joseph d’Costa. Salman Rushdie não ignora a discreta mas viva presença portuguesa no nascimento da Índia moderna.