Archive for the ‘Merda de Porco’ Category

O Casamento da Cláudia, 3

Agosto 26, 2007

Aí está o report da Cláudia. E o Cid?
Ainda não é hoje. No entanto, tenho uma bela short-story para animar os que estavam apenas à espera do report do Cid. Esta semana houve um pequeno incêndio nos matos circundantes do Carvalhal de Turquel (39º.28.07 N – 8º.36.57 O. dados relativos à igreja). Contam as testemunhas que viram que houve meios aéreos rapidamente despachados para o local (um helicóptero e, mais tarde, 2 aviões) e que, portanto, o incêndio foi combatido numa fase muito inicial, evitando o seu crescimento. Louvor, portanto, para os bombeiros que parecem efectivamente estar mais equipados; e, meus caros, se este verão foi de chuva, não se iludam – tarde ou cedo vamos precisar de todos esses meios a funcionar. 2008, 2009, 2010…

A questão está na originalidade dos meios. Antes sequer dos carros, veio um helicóptero. Como se sabe, a freguesia de Turquel está povoada de suiniculturas – aliás, o meu velho amigo H. Ramos tem um blogue no qual postou uma foto de satélite de Turquel com a indicação das pecuárias. E muitas delas têm fossas a céu aberto, no limiar da legalidade, para onde são escoados os excrementos dos suínos.
Ora, à falta de outra água, foi nessas fossas que o helicóptero se abasteceu para apagar o fogo. O que apresenta várias vantagens:
– poupança de água;
– rapidez no combate ao fogo, dada a proximidade das fontes de abastecimento;
– e fertilização imediata do solo, favorecendo a rápida recuperação.
o inconveniente terá sido o cheiro nauseabundo que se espalhou pela aldeia, na fase de rescaldo… em todo o caso, quando os carros chegaram, já quase nem foram precisos. Louvor aos bombeiros pelo uso da grande qualidade nacional – o desenrascanço!

O Casamento da Cláudia, 3

A Quinta dos Compadres está instalada num terreno desnivelado mas com bons relvados e sombras para apreciar uma bebida fresca nas tardes de calor. No pavilhão de exterior (aberto), seleccionámos as melhores entradas e instalámo-nos confortavelmente nas cadeiras – até aparecerem os músicos, que, como se pôde ver no outro vídeo, são os mesmos músicos do casamento da Ângela. O que não espanta, porque foi a Quinta dos Compadres que tratou do catering do casamento da Ângela, embora não nos lembrássemos imediatamente de tal facto…

Seguiu-se a longa série de fotografias. Infelizmente, foi esse o momento escolhido pelo Danish para fazer a chamada de felicitações à noiva, a partir de Moçambique; achámos por bem não interromper a sessão já de si longa. Naturalmente, comuniquei o facto à Cláudia mais tarde, que agradeceu.

Mais ou menos por essa altura tentámos ligar ao Fernando, mas não conseguimos fazer ligação…

Ao fim da tarde, passámos ao salão principal para o… não é almoço, também não é jantar, lanche muito menos… mas há vários termos: refeição, repasto… talvez o mais adequado seja “banquete”.

Seguindo o exemplo daquele caso que apareceu nos Tesourinhos Deprimentes – no programa de coleccionismo, um indivíduo que coleccionava menus e ementas de restaurantes de todo o mundo – lembrei-me de pilhar o menu do casamento. Temos sempre de trazer uma recordação qualquer e desta vez não me apetecia trazer o centro de mesa. Em todo o caso, neste momento a papelada do meu “escritório” é tão vasta que não sei onde isso pára. Em ocasião oportuna, digitalizarei e providenciarei a sua presença neste blogue.

Ficámos junto de dois rapazes de 10-12 anos e de dois irmãos “gémeos” que aparecem com alguma frequência nos vídeos e com os quais o Daniel soube estabelecer conversa. Na verdade, não eram gémeos; eram meios-irmãos que tinham o pai em comum… opu será que não? Esta parte escapa-me, é melhor o Daniel explicar. Esquece-me os nomes; ele tem 18 anos e ela 17, e ele pretende seguir a via militar, o que deu logo azo a uma boa conversa. Nós, do alto dos nossos 24-25 anos, já temos alguma sabedoria de vida, alertámo-lo para algumas atitudes que se devem ou não tomar… em todo o caso, quer pelo físico quer pela maturidade, não diríamos que eram tão novos.

O banquete foi, portanto, várias vezes “aquecido” pela presença da música.

http://www.youtube.com/v/xEyCBqcwERk

http://www.youtube.com/v/ucupxK3Jn8Q

http://www.youtube.com/v/ucupxK3Jn8Q

À hora do pôr-do-sol, houve o estranho caso da aparição… mas eu não vou contar; vi logo que uma experiência daquelas não dava para transmitir por palavras, e efectivamente, quando relatámos à Brígida e à Andreia, elas ficaram a olhar para nós sem compreender muito bem, e não tivéramos bebido tão pouco, poder-se-ia ter atribuído o caso ao álcool. Talvez noutra ocasião eu tente relatar de forma expressiva e precisa a forma como fomos abordados por aquele senhor – ou talvez fosse um fauno, figura da mitologia grega, meio homem meio bode, que vive nas florestas. A verdade é que quando o vimos, ele vinha do mato…

Na verdade, foi com pena que tivemos de abandonar a festa tão cedo, isto é, pelas 22 horas, devido ao meu compromisso do dia seguinte; a festa poderia durar muitas horas mais. Creio que a noiva compreendeu. O noivo provavelmente também, embora já tivesse bebido um pouco além da conta (“bebe mais um pouco que isso passa…” “o quê? Mais ainda??”), mas nada que estragasse a festa de algum modo.

Na volta, mais uma vez andámos às turras com o GPS, que nos queria levar pelo caminho mais curto – não pelo mais rápido.

(ainda não tínhamos tido um primeiro plano do Mazda MX-5.)

Como a Quinta já era em Viseu, foi mais fácil seguir pelo IP3 de volta à Alta Estremadura, gastando o tempo numa série de temas sem importância como a capacidade de empreendedorismo, relações familiares, a ausência ou construção de horizontes de vida quando não sabemos bem o que queremos fazer, os papéis do homem e da mulher no casamento, e a forma como um bom ou mau casamento pode influir na vida de uma pessoa, e as eventuais repercussões que isso tem para a família e até para os amigos.

Na chegada a Leiria, pouco depois da meia-noite, o IC2 estava entupido (sentido sul-norte) com uma longa fila de carros silenciosos e murchos. O Sporting ganhara a Supertaça Cândido de Oliveira.

Longos anos de felicidade para os noivos e… passaremos a incluir “o bebé da Cláudia” como motivo dos nossos brindes.