Archive for Maio, 2005

Maio 31, 2005

Europa
Políticos e comentadores de todos os quadrantes desdobram-se em comentários sobre o Não francês. Desde a decepção de Sampaio, a vitória do ideal europeu segundo Louçã, o remake suicidário de 1940 segundo Eduardo Lourenço, o “Dói? Pois dói” de Pulido Valente, a serenidade do Presidente da Comissão que diz que há-de haver uma solução, ou não se chame ele Durão. Mas, afinal, o que significa o Não francês para a construção da Europa?
– chegámos àquela fronteira que todos sabíamos existir mas ninguém sabia onde estava: não é possível federalizar mais a União. As identidades nacionais impuseram um limite. A não ser que o Tratado Constitucional fosse apenas um pequeno passo à frente em relação a Nice, longe ainda de federalismos profundos. (Sinceramente, não sei se é ou não.) Nesse caso,
– o grande problema é a crise económica e o voto francês não significa rigorosamente nada em termos europeus.
Sejamos sérios. O projecto europeu conseguiu grandes feitos nos últimos cinquenta anos. Mas tem dificuldades em imaginar novos rumos, e encontra-se num beco sem saída. Só assim se explica que o Tratado tenha 20 significados para 20 quadrantes políticos diferentes, e que os políticos gaguejem e digam que “pá, há-de haver uma solução, não sei é qual, nem para quando.” Calma; as opiniões públicas não rejeitam o que se conseguiu, mas os tempos são de crise e pouco propícios a novas aventuras. Sinceramente, não ficarei muito preocupado se o projecto europeu estagnar por algum tempo. Não é por isso que voltamos à Cortina de Ferro, à linha Maginot ou ao Orgulhosamente Sós.
Amanhã, a Holanda vai votar Não por uma questão concreta que os preocupa, deixando o ideal abstracto e nebuloso da União do futuro para mais tarde. No meio dos imigrantes há demasiados criminosos – pior ainda, os holandeses sentem-se estrangeiros no seu país, o que significa que se atingiu um limite. Se a sociedade mais liberal se está a retrair é porque algo de muito grave se passa. Mais que às parvoíces e bizarrias de um país que se julga o centro do mundo e já deu o que tinha a dar, é aos pragmáticos laranjinhas que a Europa devia dar atenção.

Assexualidade
Nos dias de hoje, todos pensamos que já vimos de tudo e que não há nada que nos possa surpreender. Mas, talvez haja…

Maio 30, 2005

Notícias da Fórmula 1 – o Estoiro
Com a nova regra que proíbe a troca de pneus, a Providência das corridas premeia o conjunto carro-piloto mais rápido, mais combativo, etc. – e também aquele que melhor preservar o material. Por este prisma, e sem nos esquecermos que as corridas são uma competição de pilotos que conduzem carros e equipas que os desenham e constroem, Alonso e a Renault são justos vencedores.
Só que o público das corridas, do mais conhecedor/viciado ao leigo absoluto, dá mais ênfase ao lado humano da competição, ao piloto. Foi por isso que a Ana reclamou da injustiça que atingiu Kimi Raikkonen na última volta do GP da Europa.
O “iceman” largou melhor que a surpresa Heidfeld e controlou a corrida do princípio ao fim. Mesmo aquando da sua saída de pista, em que permitiu a ultrapassagem do alemão, já era notório que as tácticas de corrida eram diferentes e que o jogo dos reabastecimentos o favoreceria no final. A Williams não tinha andamento para a McLaren e a táctica de 3 paragens não alterou a premissa de base – a McLaren tem neste momento o carro mais eficaz. Ao Kimi continua a faltar aquele bocado de sorte que faz a diferença. Esperemos que não desanime.
Quem viu o Alonso nas primeiras voltas em 5º, atrás do Coulthard, não o apontaria à vitória final. Mas a verdade é que a estratégia de 2 paragens (com um primeiro turno muito longo) acabou por dar resultados. Heidfeld andou a maior parte do tempo no 2º lugar e se a Williams tivesse apostado na estratégia de 2 paragens talvez a vitória lhe tivesse sorrido. Esse é o primeiro mérito de Alonso: ter-se colocado na melhor posição possível para aproveitar um problema do líder. O segundo é, claro, não ter desistido e ter “ido buscar” Raikkonen nas últimas voltas. Se Kimi tivesse uma larga vantagem de 20 ou 30 segundos para gerir no final, talvez o resultado fosse outro.
Nick Heidfeld marcou a primeira pole da carreira (foi o primeiro alemão a conseguir uma pole num circuito alemão com um motor alemão, segundo os grotescos contabilistas de estatísticas da RTP) e não esteve mal, tendo acompanhado Raikkonen de perto. Uma outra táctica talvez lhe tivesse dado a vitória. Já leva dois pódios consecutivos.
Notas:
– a Ferrari continua em baixa – mas teve azar, com os dois pilotos a irem à escapatória na primeira curva. O mais inquietante foi ver como Schumacher andou atrás de Barrichello todo o fim-de-semana. Não é a primeira vez que o brasileiro bate o alemão neste circuito (em 2002 houve dobradinha com Rubens na frente, pouco tempo depois de a Federação ter ameaçado a Ferrari com sanções por Barrichello ter cedido a Schumacher o GP da Áustria na última volta), mas isso não explicará tudo. Já se sabe que a qualquer momento se espera uma eventual quebra de motivação do veterano Hepta. Barrichello esteve melhor e voltou ao pódio.
– David Coulthard tornou-se no 4º piloto com mais pontos da História (etc…), voltou a liderar uma corrida (1ª vez da Red Bull) e podia ter aspirado a mais não fosse a penalização por excesso de velocidade nas boxes.
– Quem não teve problemas com a penalização “drive through” foi o Monteiro, que fez a melhor corrida da época, estraçalhando o indiano (recuperando os 20s perdidos com a penalização) e, tal como em Espanha, aproveitando uma ida à relva deste para o passar. Após uma tímidas primeiras corridas, o português começa a impor-se a sério. E já se viu que o Karthi fica muito nervoso quando tem o português nos espelhos… o Monteiro já está no livro de recordes porque nunca nenhum estreante tinha terminado as suas 7 primeiras corridas. É pena, de facto, que haja tão poucos abandonos, ele já merecia um pontito…
– foi pena o Montoya e o Webber terem apontado para o mesmo espaço na primeira curva, a corrida teria sido bem mais interessante sem esse toque que arruinou a corrida dos colegas dos dois líderes, que concerteza teriam carro para discutir alguma coisa.
– a Toyota passou com alguma discrição e da BAR, de regresso, só se viu o Button a servir de teste à garra e capacidade de ultrapassar de uma série de pilotos…
– É certo que Villeneuve largou com tanque cheio e teve azar na confusão da primeira curva: mas estou tão fartinho de o ver abaixo do 15º com estratégia de parar tarde…
Não me espanta que Alonso e Raikkonen discutam corridas, pois, como já se disse milhares de vezes, eles são os melhores do plantel actual, Schumacher à parte. E não acho mal a vantagem de 32 pontos que Alonso leva no campeonato, apesar dos azares que Raikkonen teve desde o início do ano. Nem acharei mal que se torne campeão no final – o que acontecerá se a sorte não virar e o espanhol não começar a somar desistências.
Mas em termos de simpatias pessoais, Monteiro e Villeneuve à parte, é claro que fiquei frustrado com o azar do Kimi. Quase tanto como os 6 milhões terão ficado ao verem as estranhas opções de Trapattoni para iniciar o jogo, ao verem o Vitória de Setúbal a tomar conta do jogo desde o primeiro minuto (mostrando a fibra que o Sporting não teve, não se intimidando com o golo sofrido tão cedo) e ao verem o Vitória de Setúbal a erguer uma merecida Taça de Portugal.

Julgados de Paz em crescimento
Diz ao DN o director-geral da Administração Extra Judicial: “a instalação da rede de Julgados de Paz começa a consolidar-se” (…) Os Julgados de Paz foram criados em 2002 e, nesse ano, receberam 336 processos, 697 em 2003 e 2535 em 2004 (…) levando uma média de dois meses a resolver um processo. (…) Quando a rede de Julgados de Paz estiver concluída, ajuda a retirar processos dos tribunais judiciais, julgando-os mais rapidamente e com custos mais reduzidos”.
O Director-geral Filipe Lobo de Ávila esqueceu-se de referir o mais importante: “os srs. Advogados estão cheiinhos de cagufa ao ver que, só em 2004, 5000 potenciais carcaças, digo, clientes (visto que cada processo costuma ter 2 partes), se esquivaram às suas garras e aos seus dentinhos, e que 5000 clientes a pagar 50€ por uma consulta significam, muito por baixo, um prejuízo mínimo de 250.000 €, o que é chato.” Como diz o outro, habituem-se.

Maio 27, 2005

A SARIP vem em exclusivo apresentar para todo o mundo, quem sabe toda a europa, as escutas telefónicas do caso “chinquilho dourado”. Nomeadamente, as conversas por telemóvel, entre o Presidente da Associação Pedagógica de Instrução Cultural Homologa de Arruda (APICHA) e o Director da Arbitragem de Chinquilho Ortodoxo Nacional Americano (ACONA).

Presidente de APICHA – Zé, és tu?

Director de ACONA- Sim sou eu. E tu quem és?

APICHA – Sou o Jonas de Arruda. Lembras-te? Ainda ontem tivemos a conversar no Maybe…

ACONA – Há sim, já me lembro. A Svetlana deixou-nos aos dois todos partidos.

APICHA- Pois foi, aquela russa é demais para nós… A minha Maria não consegue fazer aquilo que ela fez.

ACONA- Eu nem sabia que se podia partir nozes com aquilo, eu a pensar que só servia para mijar, para ter filhos e para ***** (censurado)!?

(risos cinicos, com um arroto e dois peidos no meio)

ACONA – E então tudo bem?

APICHA – Tudo bem. Tá bom tempo!

ACONA – Pois tá, sim senhor… Mas que queres, não me ligas-te só para isto?!…

(Peido, Arroto e dois escarros)

APICHA – Epá, lembras-te de eu ter dito que amanhã era a final distrital de chinquilho? è um jogo muito importante para a minha aldeia, e ainda por cima contra os nossos mais directos rivais a Associação Portuguesa Eslavo-Indonesia de Dinamarca e Arredores (APEIDA).

ACONA – Estou a ver o que queres, e o que recebo eu em troca caso te ajude?

APICHA- Sei lá, um Presunto, um Borrego, um BMW… o que quiseres!

(Escarro e Peido)

ACONA – O que dizes de me pagares um privado com a Dulcineia?

APICHA – Isso é mais carito, mas pelo meu clube faço tudo!

ACONA- Qual queres que seja o arbitro?

APICHA – O Silvino pá, aquele que é mongo, cego, surdo, mudo, e tem uma unha encravada…

ACONA – Ouve lá, não achas que ia dar muito nas vistas? Afinal de contas o tipo tem uma unha encravada…

(Peido e arroto)

APICHA – Achas que sim, o pessoal hoje em dia não liga a essas coisas, se fosse preto era pior… Ainda por cima já tinha comprado o novo CD do Tony Carreira para lhe oferecer!

ACONA – Como queiras… E queres ganhar por quantos?

APICHA – Sei lá, por um resultado que dê pouco nas vistas, 20-0 para ai…

ACONA – Sim, com esse resultado ninguem dava conta da nossa trafulha.

APICHA – Então estamos combinados não é?

ACONA- Sim, mas não te esqueças do prometido…

APICHA- Está tudo combinado, mainada.

ACONA – Vai, adeus ******** (censurado)

APICHA – Xau pá.

Maio 27, 2005

Vieira
Fiquei ontem a saber que o troço do Rio Liz na zona da vila da Vieira possui uma série de facilities, infra-estruturas, adequadas à prática desse típico desporto radical português, o pine boarding. Mesas, churrasqueira, sombra, estacionamento, e até a possibilidade de mergulhar no rio. Não mergulhei por dois motivos muito simples: há uma “prancha” de mergulho mas, dada a alta vegetação ladeando a água, tem que se dar uma volta enorme para sair dela; e, naturalmente, o infalível cenário de poluição…
(Sendo “pine” a palavra anglo-saxónica para pinha, pinheiro, pinhal, o pine boarding é pegar numas febras, num garrafão de vinho, num baralho de cartas e deixar correr as horas, sob a protecção idílica dos pinheiros que deram novos mundos ao Mundo…)

150 militares portugueses no Afeganistão, em Agosto
Mais uma vez Portugal colabora com a comunidade internacional, num cenário de guerra ao terrorismo mais real que o Iraque e mais esquecido. O Independente não refere o local exacto da permanência da unidade de comandos, enquanto refere que o destacamento da Força Aérea permanecerá no aeroporto de Cabul.
Boa sorte para todos.

Advogados exigem eliminação dos Julgados de Paz
Eu sei que há demasiados advogados em Portugal e que as encomendas não chegam para todos. Por esse lado, percebo a fome dos srs. advogados, e é natural que queiram eliminar a “concorrência”, que só é concorrência na medida em que – os torna dispensáveis.
Esta exigência faz-me lembrar os senhores da Associação Nacional de Municípios a reclamar contra a limitação de mandatos. E, tal como nesse caso, enche-me de um ódio profundo ao ver que as pessoas não têm vergonha de exigir barbaridades grotescas, agindo muito naturalmente. “Entre justiça e justiça alternativa só se opta pela segunda se a primeira não for realizável.” Claro, resolver processos judiciais em dois meses, sem ser obrigatória a presença dos srs. advogados, é realmente muito incómodo e desagradável. Se todos os processos se resolvessem em dois meses, como teriam os srs. advogados tempo para extorquir 10 ou 20 consultas aos queridos clientes? Os srs. advogados não querem alternativas, apenas Justiça – esse monstro impenetrável que arruína a carteira e o equilíbrio mental dos cidadãos.
Tenham vergonha, sim? Ao menos isso…

GP da Europa – antevisão
Epa, eu acho que o Kimi vai ganhar mas não faço antevisões porque é muito complicado. Se estiver tempo fresco como em S. Marino, os Bridgestone funcionam e o Schumacher ameaça; se a Renault resolver os seus problemas de pneus, o Alonso vai andar lá à frente… as duas únicas certezas são as seguintes:
– Após 3 corridas para cada um dos seus jovens, a Red Bull decidiu que Liuzzi correrá no Nurburgring e Klien ocupará o lugar nas corridas seguintes. (Ainda pensei que a equipa os pusesse aos dois e deixasse o DC de fora, mas ainda não chegou a hora.)
– Um passo atrás que é um passo em frente para não cairmos no abismo: a FIA decidiu mexer novamente nos regulamentos das qualificações, extinguindo a segunda sessão qualificativa de domingo de manhã, introduzida este ano. Voltamos assim ao formato do ano passado, com uma única sessão no sábado. A loucura das regras mirabolantes tem limites, ainda há esperança…

Comments
Há mais pessoas além da Andreia a passarem por este blog e a não comentarem…

Maio 26, 2005

Em primeiro lugar queria agradecer ao Ismael pelos CD´s estou a ouvi-los agora… já me tinha esquecido como os offspring era bom no inicio das suas carreiras. Ontem tivemos uma jantarada em minha casa, mesmo à Portuga, mas é memso assim que gostamos… orgulhosamente Portugas!!!
Esta imagem que aqui está, é o meu aquário, passei algumas horas a fazer uma remodelação dele, mas acho que ficou muito bom, o que achas Danish?
Outra coisa, hoje vai ser o primeiro dia de praia para mim, o tempo está muito quente e já consigo sentir o cheirinho da maresia e do bronzeador.
Deixo ainda um beijo especial para a minha namorada, com a esperança que ela possa comentar um post meu… 🙂
E domingo o Benfica vai ganhar 15 a 0 o Setubal com dois golos do Sabry e um do Mantorras, o arbitro vai anular um golo limpo ao Setubal… depois vou comer uma sandes de pele de porco e gritar SLB toda a noite nas rotundas da minha aldeia que nem um louco… e no outro dia não trabalhamos!

Maio 24, 2005

Todos sabemos que há uma série de assuntos interessantes para falar por aí. Há o défice e a previsível subida de impostos. Há o Não no referendo europeu da parte da França, da Holanda e do comuna infiltrado. Há o facto de eu, por curiosa coincidência, ter começado a ler o romance de Saramago “História do Cerco de Lisboa” no dia em que telefonei ao Gilberto. A Guiné tem dois presidentes. Schroeder levou um coice. O novo disco de Moby. As relações sino-soviéticas e sino-russas, a Rússia e a China no pós-11 de Setembro e o papel de Putin. A inauguração da Fonte Luminosa, em Leiria, sem estar acabada. A putativa candidatura de Mr. Purity a presidente da República. A influência das abelhas no conflito israelo-árabe. O romance de Rodrigo Guedes de Carvalho, que não quis ficar atrás do Rodrigues dos Santos. As fotografias recentemente postadas e a música “Arcos do Jardim”, presente no último disco gravado por Carlos Paredes, “Canção Para Titi“, quando já se notavam os primeiros sintomas da sua fatal doença neurológica. A previsível violência na retirada israelita de Gaza. Os incêndios que já começaram sem que déssemos por isso, e a puta da seca. A degradação do litoral da costa portuguesa, de que ninguém se vai lembrar enquanto uma praia qualquer não for engolida. O destino da Fundação Amália Rodrigues, em mãos incertas. O prazer de nos deprimirmos com Vasco Pulido Valente.
Mas não me apetece falar de nada disso. Hoje é um dia de orgulho para Leiria. Após uma formidável campanha futebolística, a União de Leiria conseguiu apurar-se para a Taça Intertoto

Leiria na InterTotó!
Como de costume, a UDL inscreveu-se para participar na terceira competição europeia. Os regulamentos requeriam uma classificação final acima do 12º lugar. O final do campeonato foi tão mau que o clube conseguiu terminar em 15º, mas o que conta são as grandes batalhas da secretaria. E como a UEFA foi simpática, ai vai de novo a União defrontar clubes como o Shinnik, o Genk ou o Dortmund, e arriscar-se a entrar na Taça UEFA do próximo ano.
Pego no cachecol e na bandeira da UDL e vou mas é buzinar para a rotunda do Ulmar. Espero que os leirienses me acompanhem… o que interessa é festejar…

Maio 23, 2005

Maio 23, 2005

Para a posteridade…

Maio 23, 2005

Festa à Benfica

Passados 11 anos e o Benfica é de novo campeão. De repente o Benfica tem mais adeptos que o Papa, todos saem à rua para comemorar, homens, mulheres, jovens, idosos… a maior parte deles nem sabe quem é o Manuel Fernandes, não sabe qual o sistema táctico do Benfica, não sabe o nome do treinador, não sabe quantos jogos fez o Benfica na superliga, quais os resultados do campeão, quais os momentos altos e baixos, nem sequer a cor da camisola do Benfica… Os que sabem, andaram o ano todo a criticar o Trap pelo sistema ultra-defensivo, criticaram o Simão por não correr, o Petit por “desperdiçar” livres, o Moreira pelos frangos, o Nuno Gomes por falhar golos, o Paulo Almeida por ser gordo, O Luisão por não jogar nada… o estádio quase sempre com meia casa, muitas vezes assobiados, criticados por tudo e por nada… mas, nada disso interessa neste momento, o que interessa é ir para a rua dar pulos e ceder à ideotice generalizada, de um povo que se esquece facilmente dos problemas e das crises assim que vê uma luz ao fundo do tunel… défice, desemprego, crise económica, toxicodependência, o “crash” da segurança social, problemas no sistema de saúde… nada disso agora interessa!

Maio 23, 2005

PARABÉNS AOS BENFIQUISTAS!!!