Ricardo Araújo Pereira em entrevista
«Perder um filho é razão suficiente para perder o riso; qualquer outra razão [para perder o riso] é uma falta de respeito para com esta. Rir é uma qualidade humana – perdê-lo, é perder humanidade.»
«o humorista não tem ser imparcial. Esta sanha contra a parcialidade dos humoristas é uma tolice.»
«eu não sou o autor de “O Meu Pipi”»
«Lamento a forma como muitas pessoas olham a política (…) fazendo dos partidos e da diferença entre esquerda e direita uma espécie de clubismo, de Benfica-Sporting. Eu tenho uma zona de irracionalidade que guardei toda para o futebol. Política é outra coisa.»
Direito de resposta do PCP
O PCP respondeu à notícia difundida pelo DN, e que eu reproduzi, que a mesma era tendenciosa e que poderia ter sido dito que a JS vetou o sindicalista R. Frias. O PCP alega ainda que a JS queria alguém que não criticasse as opções e políticas do actual governo PS e que o jornal não mencionou nada disso.
O direito de resposta que o PCP exerceu nas páginas do DN mostra melhor o caráter do partido que a notícia propriamente dita. A JS e o BE propuseram o nome de uma figura mediática e reconhecida entre a juventude portuguesa, cuja credibilidade (em conjunto com a dos cidadãos José Diogo Quintela, Miguel Góis e Tiago Dores) em termos de cidadania cresceu bastante com o episódio dos outdoors, e uma figura que não é propriamente adepta do governo Sócrates. Uma ocasião para relembrar os valores que norteiam uma sociedade livre e democrática.
O PCP queria um sindicalista para fazer do 25 de Abril mais uma acção de contestação ao governo, num dia que deveria ser de unidade nacional.
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É a confusão simbólica. O 25 de Abril é propriedade do PCP. As Quinas são propriedade do PNR. E o Pedro Arroja auto-intitula-se liberal.
O corporativismo
«A abertura de uma loja jurídica num centro comercial, com advogados disponíveis para atender clientes das 10 da manhã às 11 da noite , a 35 euros a consulta, são modernices que “vulgarizam a advocacia”. Esta é a posição assumida ontem pelo conselho geral da Ordem dos Advogados (OA), decidindo, assim, chumbar a loja jurídica aberta a 10 de Abril num centro comercial, em Lisboa. A advogada que lançou o projecto, Sofia de Almeida Ribeiro, vai ficar sujeita a um inquérito disciplinar, alegadamente por ter aberto o espaço sem um prévio pedido de parecer à entidade reguladora da profissão.»
E quando a corporação diz que não, é para cumprir.
Que raio de histórias
« MANUEL DIAS Cliente do banco há 30 anos, pediu um empréstimo de 7500 euros ao BCP mas disseram-lhe que não, a não ser que comprasse o equivalente em acções. “Precisava do dinheiro e concordei. Saí de lá com um crédito de 15 mil euros. Quando precisei de vender as acções, valiam metade”. Pagou tudo mas sente-se enganado. JOSÉ ANTÓNIO Cliente do Private Banking, acusa o BCP de ter comprado por ele 10 mil acções e de ter aberto uma conta «offshore» que ele desconhecia. AUGUSTO PINTO Cliente, já reformado, queria vender as acções que tinha no Sotto Mayor mas foi aconselhado pelo gerente a trocá-las por acções do BCP. “Em 2001 as acções começaram a baixar e dei ordem para vender. Precisava de dinheiro. Disseram-me para não vender e fizeram-me um crédito que já paguei. Por não ter vendido estou a perder 30 mil euros”. JAIME DIAS Ex-funcionário, já reformado, comprou 15 mil acções. “Causei prejuízos a familiares, amigos e clientes. Convenci o meu irmão e sobrinhos porque me disseram que as acções iam subir bastante. O BCP vendeu-mas sem autorização no ano passado porque não estava a pagar o crédito”. Em Fevereiro de 2006 o banco entrou com uma acção em tribunal. “Penhoraram-me as contas e o ordenado do meu filho, mas há pior: ao meu irmão penhoraram a casa. Ainda não fui a julgamento”. MANUEL NOGUEIRA Cliente JOSÉ QUEIROGA Ex-funcionário e reformado, endividou-se para comprar 15 mil acções. “Comprei para os meus filhos que estavam a estudar e cedo percebi que não podia pagar. Entrei em incumprimento e o BCP deixou de me pagar o ordenado, cortaram-me o cartão e chegaram a dizer-me que se não resolvesse o problema podia ficar sem casa. Fomos utilizados para dizer que as acções eram de baixo risco e fomos todos enganados”. ABÍLIO ABREU Ex-funcionário do BCP já reformado.»